Juro do rotativo do cartão sobe e encosta nos 350%; cheque especial também avança
Trata-se da maior taxa desde agosto de 2017; juro médio sobe há seis meses consecutivos
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Há seis meses consecutivos em alta, o juro médio para o cartão de crédito rotativo encerrou 2021 com avanço de 21,8% no ano. A taxa passou de 329% a.a em janeiro para 349,6% a.a em dezembro. Essa é a maior taxa desde agosto de 2017.
Os números são da Nota Monetária de Crédito, divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Banco Central (BC). Em novembro, a taxado rotativo estava em 345,9% a.a.. Modalidade mais cara do mercado de crédito, o rotativo é quando o cliente não paga o valor integral da fatura até a data de vencimento.
Os juros do cheque especial também avançaram no ano passado, passando de 120,3% ao ano em janeiro para 127,6 a.a. em dezembro. O valor também é maior que a taxa de 115,6% a.a., registrada em dezembro do ano anterior.
Desde 2020, a modalidade não pode ultrapassar o teto de 8% ao mês, equivalente a 151,8% ao ano, imposto pelo Banco Central.
A taxa média de juros cobrada por instituições financeiras avançou em 2021, de 20% ao ano em janeiro para 24,4% a.a. em dezembro. Para pessoas físicas, a alta foi de 24,3% a.a. para 28,7% a.a.. Já a taxa média de financiamentos para empresas subiu de 13,4% a.a. para 17,4% ao ano.
O aumento das taxas ocorre ao mesmo tempo em que o BC eleva a Selic, que entrou em 2021 na mínima histórica de 2% e encerrou em 9,25%.
Alternativo a empréstimos pelo cheque especial ou no cartão de crédito, a taxa do crédito consignado avançou levemente para 21,4% a.a. no último mês de 2021, ante 18,9% a.a. em janeiro. Por ter desconto na folha de pagamento do funcionário ou da aposentadoria, o crédito consignado é a modalidade mais barata do mercado, já que tem menos risco de inadimplência.