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    Juro alto não faz bem a nenhuma economia do mundo, diz Rui Costa à CNN

    Sobre o teto de gastos, ministro da Casa Civil de Lula defendeu atenção do governo para o “total das despesas” e para a “qualidade desse gasto”

    Fabiano FalsiTiago Tortellada CNN

    em São Paulo

    Em entrevista exclusiva à CNN nesta quinta-feira (5), o ministro Chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), negou crítica ao Banco Central, mas defendeu a redução de juros.

    “Não se trata de questionar o Banco Central independente, não se trata de crítica. Acho que é unanimidade que juro alto não faz bem para nenhuma economia do mundo”, destacou.

    Costa explicou que espera haver trabalho conjunto para que “em pouco tempo possa haver redução significativa dos juros”.

    O ministro também informou que o governo pretende fazer um “debate grande” sobre reforma tributária e um novo patamar fiscal, com o objetivo de “fazer mais justiça fiscal e tributária”.

    “Mas nós vamos cuidar para a qualidade do gasto. Isso tenho insistido, para que, não só, a gente fique atento para o total das despesas, o chamado Teto de Gastos, mas tão importante tanto quanto o total da despesa, é a qualidade deste gato”, adicionou, pontuando que nenhuma medida será “feita de sobressalto”.

    Antes, também observou que “mesmo com a aprovação da PEC [do Estouro], temos um orçamento que foi subestimado, ou seja, há um déficit orçamentário grande”.

    Ministra do Turismo

    Durante a entrevista, ele também avaliou que não há motivos para “maior preocupação” em relação à ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil).

    Fotos de Carneiro ao lado de Juracy Alves Prudêncio nas eleições de 2018 circularam nos últimos dias nas redes sociais. Ele foi denunciado pelo relatório final da CPI das Milícias, em 2008, por comandar uma milícia na Baixada Fluminense.

    “As fotos por si só não constituem nenhum ato que caracterize má conduta da ministra. Numa campanha eleitoral, muitas vezes você tira foto com muitas pessoas, muitas delas você nem conhece. Neste momento, não há nada relevante que justifique maiores preocupações em relação à ministra”, disse Rui Costa.

    Reunião ministerial

    Sobre a reunião ministerial marcada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para esta sexta-feira (6), Costa disse que ela “não é freio de arrumação”.

    “Não é um freio de arrumação, não é bronca, nem puxão de orelha, é a primeira reunião”, destacou.

    Ele explicou que no encontro serão apresentadas estratégias e roteiros de trabalho de Lula. “Vai apresentar qual a expectativa dele, como ele quer que funcione, os fluxos, as prioridades, reforçar o entendimento do trabalho em equipe, coletivo”, pontuou.

    Sobre o trabalho conjunto, o ministro observou que “não adianta ter muitos craques se cada um quer aparecer individualmente e não quer jogar para a equipe”.

    Ainda de acordo com o petista, na próxima semana, a Casa Civil deve começar a visitar outros ministérios para definir prioridades, como o Minha Casa Minha Vida, investimentos em saúde pública e em educação — com destaque para escolas em tempo integral.

    Ele também revelou que estão trabalhando em duas viagens do presidente Lula para estados brasileiros no mês de janeiro, “para efetivamente fazer entregas e anúncios”.

    Obras

    Nesta quinta-feira (5), o Tribunal de Contas da União (TCU) revelou que o governo atual assume o Brasil com 8,6 mil obras paradas. Quando Jair Bolsonaro (PL) se tornou presidente, eram 14 mil.

    Sobre isso, Rui Costa disse que a administração federal não sabe, exatamente, o número de obras paralisadas.

    Assim, anunciou que será feito um cadastramento para os municípios brasileiros informarem quantas obras paralisadas possuem, fornecendo também estimativa de conclusão e outros detalhes.