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    JPMorgan e Goldman Sachs preevem economia brasileira em recessão no 2º tri

    Bancos projetam contração de 1,0% e 0,9%, respectivamente, do PIB brasileiro

    Trabalhadores em linha de montagem de caminhões em fábrica da Mercedes Benz em São Bernardo do Campo, Brasil (27.mar.2018)
    Trabalhadores em linha de montagem de caminhões em fábrica da Mercedes Benz em São Bernardo do Campo, Brasil (27.mar.2018) Foto: Paulo Whitaker/Reuters

    Reuters

    Os bancos JPMorgan e Goldman Sachs passaram a prever contração da economia brasileira neste ano, com o PIB afetado pelos efeitos globais do coronavírus, somando-se a outras instituições financeiras que também pioraram seus cenários para a atividade.

    O mais conservador é o JPMorgan, que projeta declínio de 1,0% no PIB em 2020 (ante expectativa anterior de crescimento de 1,6%), com uma “profunda recessão” no primeiro semestre.

    O banco espera retração de 3,5% da economia no primeiro trimestre deste ano ante os três meses anteriores (com ajuste sazonal), devido sobretudo ao golpe contra o PIB global e a temores do Covid-19 no país.

    Já no segundo trimestre o JPMorgan calcula um tombo de 10%, à medida que os efeitos de baixa da disseminação do coronavírus e as medidas para conter o surto, junto com o aperto nas condições financeiras e uma recessão globais, terão um “papel crucial”.

    “Julgamos que o segundo trimestre poderia ser ainda pior, mas as medidas fiscais anunciadas por autoridades devem suavizar os efeitos”, disse o banco em relatório.

    O Goldman Sachs também cortou sua projeção para a economia em 2020, de expansão de 1,5% para contração de 0,9%.

    “A combinação de demanda externa por bens e serviços em declínio, piora dos termos de troca, aperto significativo das condições financeiras domésticas e impacto econômico das medidas em rápida escalada para lidar com o surto de Covid-19 dentro das fronteiras nacionais, nos levaram a revisar ainda mais para baixo nossas perspectivas para as economias” da América Latina, disse o Goldman também em relatório.

    Nesta quarta-feira, o UBS baixou a 0,5% sua expectativa de crescimento para o PIB brasileiro neste ano, depois de uma taxa já revisada para baixo de 1,3% (contra 2,1% antes).

    Na véspera, o Credit Suisse havia reduzido sua projeção de expansão de 1,4% para zero, e o Santander Brasil também baixou suas estimativas.

    Em relatório desta quarta, o Bradesco disse que os impactos da pandemia sobre a economia “serão inevitáveis”, com simulações feitas para o PIB global levando a economia brasileira para uma faixa de crescimento “bem menor do que a expansão de 2,0% que projetávamos”.

    “Mas há importantes atenuantes também no Brasil. O país tem reservas internacionais da ordem de US$ 380 bilhões, que inclusive se valorizaram nessa crise com o fechamento da curva de juros americanos”, disse o banco.

    Vírus levará países emergentes à recessão até metade do ano

    O impacto econômico enfraquecedor do coronavírus empurrará os países mais pobres do mundo, excluindo a China, para a recessão até meados do ano, alertou o banco de investimento JPMorgan nesta quinta-feira.

    “Agora, esperamos uma recessão no primeiro semestre em mercados emergentes, exceto a China, à medida que a contenção aumenta e os mercados desenvolvidos se contraem”, afirmou o banco.

    Na América Latina (-12%) e na Europa, Oriente Médio e África (-13%), o impacto marcará o maior declínio em um único trimestre nessas regiões desde 2008-09 nos próximos meses.

    O colapso anualizado de 17,2% da Turquia e de 15,5% do México provavelmente será o maior dos mercados emergentes no segundo trimestre, com as economias da Europa Central e Oriental não muito atrás.