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    Jato hipersônico será capaz de transportar pessoas de Nova York a Londres em 90 minutos

    Startup europeia Destinus pretende superar os marcos do avião supersônico Concorde, que era capaz de unir as duas capitais em menos de três horas

    Luiza Palermoda CNN* , São Paulo

    Já pensou em ir de Nova York, nos Estados Unidos, a Londres, no Reino Unido, em menos de duas horas? A startup europeia Destinus quer fabricar uma aeronave hipersônica que pode fazer exatamente esse percurso com passageiros em apenas 90 minutos.

    A empresa pretende superar os marcos do avião supersônico Concorde, que, conseguia fazer a viagem atravessando o Oceano Atlântico em menos de três horas.

    No entanto, há 20 anos, o Concorde teve seus voos suspensos pelos elevados custos operacionais e questões de segurança.

     

    Chamado de “Destinus S”, o avião hipersônico está sendo projetado para ser um “jato executivo”, com capacidade para transportar 25 pessoas.

    O modelo seria capaz de viajar a uma altitude de 108.000 pés, cerca de 60.000 pés a mais que a capacidade de um avião de carga Boeing 737.

    O avião revolucionário também poderá alcançar aproximadamente cinco vezes a velocidade do som, atingido uma escala de velocidade Mach 5.

    A previsão é que o “Destinos S” comece a ser entregue entre 2032 e 2034.

    A partir de 2040, a companhia também pretende fabricar outro modelo de jato hipersônico, o “Destinus L”.

    Diferente do “Destinus S”, o segundo modelo seria capaz de transportar entre 300 e 400 passageiros.

    Anteriormente, a empresa com sede na Suíça e uma equipe de cerca de 120 funcionários já realizou voos bem-sucedidos de outras aeronaves, como o “Destinus 1”, “Jungfrau” e o Destinus 2 “Eiger”.

    Os voos permitiram testar a aerodinâmica dos seus projetos e realizar o primeiro voo na Europa de um avião a hidrogênio não tripulado.

    Combustível

    Nos projetos, a Destinus quer usar hidrogênio como combustível das aeronaves. Isso porque o elemento pode ser uma fonte de energia limpa e renovável cada vez mais barata de produzir e capaz de ajudar os jatos a atingir a velocidade desejada.

    O desenvolvimento de motores movidos a hidrogênio continua em estágios inicias, principalmente para serem usados comercialmente na aviação.

    A Airbus, por exemplo, está desenvolvendo um motor a jato de hidrogênio que, segundo ela, começará a ser testado em voos em 2026.

    O combustível de hidrogênio também é fundamental para o projeto da Destinus, visto que é um agente de resfriamento eficaz. Isso será essencial para garantir que as aeronaves não superaqueçam durante seus voos.

    A empresa espera que, até o lançamento do “Destinus L”, os preços do hidrogênio caiam significativamente para reduzir os custos dos voos de longo alcance.

    *Sob supervisão de Gabriel Bosa, da CNN

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