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    iPhone para todos: resultados da Apple surpreendem Wall Street

    Com cerca de 60% das vendas provenientes de mercados internacionais, a Apple se mostrou imune aos choques em todos os mercados – e também nos EUA

    Stephen Nellis, da Reuters

    A Apple divulgou nesta quinta-feira aumentos inesperados na receita trimestral e nas vendas do iPhone, impulsionados pela forte demanda nas Américas e na Europa, conforme as medidas de isolamento na pandemia foram afrouxadas e os consumidores voltaram a gastar com seus produtos e serviços.

    A empresa teve resultados muito acima das expectativas de Wall Street, reportando altas na receita anual em todas as categorias de produtos e em todas as regiões, incluindo algumas categorias há muito ofuscadas, como iPads e Macs, impulsionadas por consumidores trabalhando e estudando de casa.

    Os resultados saíram no mesmo dia em que os EUA relatou que seu Produto Interno Bruto (PIB) entrou em colapso, caindo 32,9% no segundo trimestre, pior desempenho desde a Grande Depressão.

    Com cerca de 60% das vendas provenientes de mercados internacionais, a Apple se mostrou imune aos choques em todos os mercados e teve receita de US$ 26,42 bilhões em vendas de iPhones, bem acima das expectativas dos analistas de US$ 22,37 bilhões, de acordo com dados do IBES da Refinitiv.

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    Em entrevista à Reuters, o presidente-executivo Tim Cook disse que, após as paralisações em abril, as vendas começaram a aumentar em maio e junho, ajudadas pelo que ele chamou de um lançamento “forte” do iPhone SE, de US$ 399, em abril. “Acho que o estímulo econômico que estava ocorrendo – e não estou apenas focado nos EUA, mas de maneira mais ampla – foi uma ajuda”, disse Cook à Reuters.

    Os resultados enfatizaram que a Apple oferece serviços e dispostivos que atraem muitos clientes, apesar de a empresa ter voltado a fechar muitas lojas nos EUA. A Apple teve aumento nas vendas de acessórios como AirPods e serviços como a App Store.

    O crescimento contínuo de serviços e acessórios também mostrou a força da marca, o que levou os investidores a vê-la como um porto seguro e impulsionou o suas ações desde março.

    A receita e o lucro da Apple no trimestre foram de US$ 59,69 bilhões e US$ 2,58 por ação, respectivamente, ante expectativas de analistas de US$ 52,25 bilhões e US$ 2,04 por ação, segundo dados da Refinitiv.

    As vendas no segmento de serviços, que também incluem produtos como iCloud e Apple Music, aumentaram 14,8%, para US$ 13,16 bilhões, ante US$ 11,46 bilhões no ano anterior e expectativas dos analistas de US$ 13,18 bilhões. Cook disse à Reuters que a Apple tem 550 milhões de assinantes pagos em sua plataforma, contra 515 milhões no trimestre anterior.

    As vendas no segmento de dispositivos vestíveis, que inclui o Apple Watch, aumentaram 16,7%, para US$ 6,45 bilhões, em comparação com os 5,53 bilhões do ano anterior e acima das estimativas de 6 bilhões, segundo dados da Refinitiv.

    A Apple se beneficiou do trabalho remoto e do aumento das aulas online, relatando vendas nos segmentos do iPad e do Mac de US$ 6,58 bilhões e US$ 7,08 bilhões, respectivamente, contra expectativas de US$ 4,88 bilhões e US$ 6,06 bilhões.

    “Ambos (os segmentos) tiveram alguns anúncios de produtos realmente significativos no fim de março, início de abril. Acho que temos a linha de produtos mais forte que já tivemos em ambas as áreas”, disse Cook. “Você combina isso com o trabalho e o estudo remoto, e produz resultados realmente muito fortes”.

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