“Nada traria mais competitividade que investimento em infraestrutura logística”, diz ministro da Agricultura
Durante evento da UBS, Carlos Fávaro afirmou que o Brasil precisa de mais investimentos públicos e privados para fomentar o agronegócio
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, disse que o caminho para uma produção ainda maior do agronegócio é o investimento em infraestrutura logística.
O ministro se reuniu com empresários e especialistas nesta terça-feira (24), durante o Agriculture Investiment Conference, afim de discutir o uso de novas tecnologias para setor agrícola e segurança alimentar, além do papel do setor financeiro no fomento do agronegócio.
Segundo Fávaro, o caminho para melhorar a vida do produtor é captar ainda mais investimentos públicos e privados.
“Nada traria mais competitividade aos produtores brasileiros do que investimento em infraestrutura logística. Nenhuma nova tecnologia ou desenvolvimento de nova semente”, ressaltou o ministro.
“Este país continental com poucas opções logísticas precisava e precisa ainda mais de apoio governamental, políticas públicas, incentivo da iniciativa privada nacional e internacional, para fazer essa infraestrutura e dar competitividade.”
Fávaro ponderou que o Brasil precisa valorizar perante ao mundo o processo realizado na indústria de alimentos. “Não podemos ter a síndrome do cachorro vira-lata. Fizemos uma revolução na indústria de alimentos”, destacou.
O ministro destacou que em 50 anos, houve o incremento de 40 milhões de hectares em áreas de produção de alimento, e que o objetivo é ampliar em mais 40 milhões de hectares nos próximos 10 anos.
“Dessa vez, esse crescimento não se faz sobre a floresta. Estamos incentivando e proporcionando que essa conversão seja feita sobre pastagem de baixa produção”, disse Fávaro.
O evento foi realizado pelo Credit Suisse Brasil, do grupo UBS. O Head of UBS Global Wealth Management Latin America e CEO da Credit Suisse Brasil, Marcello Chilov, ressalvou que o agronegócio brasileiro tem sido o celeiro de oportunidade para investidores.
“Só na América Latina, temos mais de US$ 200 bilhões (cerca de R$ 1 trilhão) em ativos, e um percentual relevante desses clientes vem do agronegócio. Além disso, nossos outros clientes estão cada vez mais procurando oportunidades de investimento no agronegócio, que afinal de contas é a grande força motriz do Brasil”, afirmou Chilov.