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    Ibovespa fecha em alta com expectativa de que veto seja mantido; dólar sobe

    A moeda americana renovou máxima em três meses. Alta poderia ser maior, não fosse intervenção do Banco Central

    Do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    Depois de um dia movimentado no mercado financeiro e que prometia forte alta do dólar e queda do Ibovespa, a expectativa de que a Câmara dos Deputados contrarie o Senado e mantenha o veto presidencial ao reajuste de servidores veio para virar o jogo nesta quinta-feira (20).

    Depois de cair durante quase todo o pregão e perder o patamar dos 100 mil pontos, o Ibovespa se recuperou e fechou com alta de 0,61% aos 101.465,94 pontos.

    O dia começou com Brasília dando sinais de que deve continuar aumentando os gastos públicos e uma queda próxima a 1% na bolsa.

    Mas os reflexos foram amenizados com as declarações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, criticando a decisão do Senado da véspera de derrubar o veto presidencial ao reajuste de servidores. A derrubada do veto precisa ser ratificada pela Câmara para ter validade. 

    O Senado derrubou na noite de quarta (19) a proibição temporária do presidente Jair Bolsonaro ao aumento de salários para algumas categorias do funcionalismo público.

    O dólar renovou máxima em três meses frente ao real nesta quinta-feira, num dia de intensa pressão nos ativos financeiros domésticos em meio a temores sobre o futuro das contas públicas do Brasil.

    O dólar à vista subiu 0,42%, a R$ 5,554 na venda, desacelerando a alta (que chegou a 2,59%) depois de o Banco Central vender US$ 1,140 bilhão em dois leilões de moeda à vista nesta sessão.

    Ainda assim, o patamar de fechamento desta sessão é o mais alto desde 22 de maio, quando a moeda encerrou a R$ 5,5739.

    A alta da moeda americana acontece apesar de pessimismo com a recuperação econômica dos Estados Unidos, já que os pedidos de seguro-desemprego no país voltaram a ficar acima de um milhão, contrariando a expectativa do mercado.

    O fato de o Federal Reserve (Fed) ter citado a desvalorização do real na ata de sua reunião continuava reverberando nos mercados.

    Destaques

    A B3 (B3SA3) subiu 4,65%, recuperando-se durante o pregão após recuar 2,8% no pior momento, um dia após a divulgação de dados operacionais de julho, que analistas consideraram sólidos para sustentar tendências positivas à frente.

    VALE (VALE3) avançou 0,9%, também ajudando o Ibovespa a se afastar das mínimas da sessão, com o setor de siderurgia e mineração também mostrando ganhos com a Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR). CSN (CSNA3) caiu 0,54%.

    Magazine Luiza (MGLU3) caiu 2,62%, destaque na ponta negativa, em sessão de ajuste, após acumular até a véspera alta de 9,7% na semana, na esteira de resultado trimestral robusto. No setor, Via Varejo (VVAR3) subiu 1,4% e B2W (BTOW3) avançou 0,37%.

    A Petrobras (PETR4) perdeu 0,7%, na esteira da queda dos petróleo no exterior, onde o Brent caiu 1%. A petrolífera anunciou que vai aumentar os preços médios do diesel em 5%, ao maior nível desde fevereiro, e os da gasolina em 6%, a patamar não visto desde janeiro.

    A Sabesp (SBSP3) cedeu 2,39%, em meio a ruídos sobre o plano de reorganização societária da companhia de saneamento. Após o governador João Doria afirmar na véspera que tomou decisão para capitalizar a empresa, a Sabesp disse que não há decisão tomada.

    O Itaú terminou estável e Bradesco (BBDC4) fechou em queda de 0,24%, longe das mínimas da sessão, o que ajudou na melhora do Ibovespa.

    A Suzano (SUZB3) valorizou-se 3,2%, favorecida pela alta do dólar em relação ao real. No setor, a Klabin (KLBN11) subiu 1,59%. Além disso, analistas do Morgan Stanley elevaram a recomendação de Suzano para ‘overweight’ e de Klabin para ‘equalweight’.

    A Cogna (COGN3) recuou 0,15% antes da divulgação do balanço do segundo trimestre, previsto para esta quinta-feira ainda.

    Lá fora

    O índice Nasdaq encerrou em máxima recorde nesta quinta-feira, aos 11.477,04 pontos – alta de 1,4% no dia. O recorde acontece conforme ganhos em ações do setor de tecnologia ,de forte peso no mercado, superaram dados negativos que reiteraram visão do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) acerca de uma difícil trajetória para a recuperação econômica.

    Ganhos nos papéis de Apple (2,22%) – única empresa norte-americana de capital aberto a ultrapassar valor de mercado de US$ 2 trilhões – Amazon (1,13%) e Microsoft (2,33%) sustentaram avanços nos três principais índices, já que investidores apostam que essas empresas superarão a crise econômica.

    Enquanto isso, o Dow Jones valorizou-se 0,17%, encerrando aos 27.739,23 pontos e o S&P 500 teve alta de 0,31%, para os 3.385,51 pontos.

    Mineradoras e bancos lideraram as perdas nas ações europeias, atingidas por uma onda de vendas nos mercados globais nesta quinta-feira depois que o Federal Reserve sinalizou um longo caminho até uma recuperação para a maior economia do mundo.

    O índice FTSEurofirst 300 caiu 1,06%, a 1.419 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 1,07%, a 366 pontos, atingindo uma mínima em dez dias.

    O mercado de ações de Xangai registrou sua maior queda em quatro semanas nesta quinta-feira depois que a China manteve sua taxa de juros, enquanto as expectativas de mais apoio de política monetária de Pequim perderam força.

    O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 1,3%, assim como o índice de Xangai, que marcou seu pior dia desde 24 de julho.

    *Com informações da Reuters

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