Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Ibovespa tem queda de 3,8% na semana e se afasta de recorde

    O real esteve mais uma vez entre os piores desempenhos globais em meio à intensificação de incertezas domésticas sobre os rumos da pandemia

    Manuela Tecchio e Leonardo Guimarães, do CNN Brasil Business, em São Paulo



     

    As ações ligadas a commodities despencaram nesta sexta-feira (15) e, com isso, o Ibovespa fechou em firme queda. O principal índice da bolsa de valores brasileira recuou 2,54% para 120.348 pontos.

    Com isso, a bolsa teve uma queda semanal de 3,78%. O fechamento da última sexta-feira foi o maior da história da bolsa – o Ibovespa alcançou os 125.076 pontos. Foi o pior desempenho semanal desde a semana terminada em 30 de outubro, quando o índice caiu 7,2%.

    O dólar à vista saltou 1,76%, a R$ 5,3036 na venda. Com isso, reduziu a 2,09% a queda acumulada na semana, que não anulou a disparada de 4,34% da primeira semana de janeiro – a qual marcou o pior começo de ano para o real desde pelo menos 2003.

    A moeda brasileira esteve mais uma vez entre os piores desempenhos globais em meio à intensificação de incertezas domésticas sobre os rumos da pandemia e implicações políticas, num dia já negativo nos mercados externos.

    O movimento de alta no câmbio se deve principalmente ao avanço da pandemia no mundo. Os sinais de lockdowns mais rígidos na França e na Alemanha, junto ao ressurgimento de casos de Covid-19 na China, ofuscavam as expectativas de um impulso fiscal nos Estados Unidos (EUA).

    Na véspera, o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, apresentou uma proposta de estímulo econômico que totaliza US$ 1,9 trilhão em auxílio às famílias, especialmente. Durante a sessão, investidores precificaram a notícia e fizeram o dólar fechar na mínima do ano até agora, aos R$ 5,212.

    Com o mercado preocupado com a recuperação da economia global, as ações ligadas ao minério de ferro despencavam. A CSN (CSNA3) caía 5,11% enquanto Gerdau (GGBR4, GOAU4) caía pelo menos 4,7% e Usiminas (USIM5) recuava 4,25%. 

    Internamente, a crise de saúde e infraestrutura em Manaus é o que mais preocupa nesta sexta-feira (15). O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que seis aeronaves Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) serão usadas para transportar oxigênio para a capital amazonense e classificou como um “colapso” a situação vivida pela cidade no enfrentamento à Covid-19. 

    Bolsas internacionais

    Os principais índices de Wall Street encerraram em queda nesta sexta-feira, com o maior obstáculo vindo dos grandes bancos dos Estados Unidos após a divulgação de seus balanços trimestrais, enquanto o setor de energia foi prejudicado por uma investigação regulatória contra a Exxon Mobil Corp.

    O Dow Jones caiu 0,57%, para 30.814 pontos, o S&P 500 perdeu 0,72%, para 3.768 pontos, e o Nasdaq recuou 0,87%, para 12.998 pontos.

    O índice de bancos do S&P 500 perdeu terreno conforme as ações da Wells Fargo & Co, JPMorgan, Chase&Co e Citigroup tiveram fortes quedas, embora tenham registrado lucros melhores do que o esperado no quarto trimestre de 2020. O setor bancário viveu forte rali nos últimos dias.

    As ações europeias interromperam uma sequência de quatro semanas de ganhos nesta sexta-feira, uma vez que as perspectiva de lockdowns mais rígidos, distribuições lentas da vacina para o continente e casos ressurgentes de coronavírus na China diminuíram as esperanças de uma rápida recuperação econômica.

    O índice pan-europeu STOXX 600 encerrou em queda de 1% em sua pior sessão desde 21 de dezembro, com as perdas acelerando depois que as ações de Wall Street recuaram após os balanços de grandes bancos. O índice STOXX 600 registrou uma queda semanal de 0,8% – sua primeira queda semanal desde meados de dezembro.

    Já na China, as bolsas fecharam a sexta (15) com viés positivo diante do novo pacote fiscal americano. O índice de Shenzhen fechou em alta de 0,27%, a 2.366,86 pontos, enquanto o de Xangai avançou menos: 0,01%, a 3.566,38 pontos.

    Com informações da Reuters

    Tópicos