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    Ibovespa segue queda em Wall Street e fecha abaixo dos 100 mil pontos

    Índice brasileiro seguiu movimento de queda dos Estados Unidos, influenciado pelas gigantes de tecnologia Amazon e Microsoft

    O dia e a semana começaram animados na B3, mas o Ibovespa perdeu força no meio da tarde e fechou a segunda-feira (13) em queda de 1,33%, aos 98.697,06 pontos. Com isso, o principal índice da bolsa brasileira perdeu a marca simbólica dos 100 mil pontos, superada na sexta-feira (10) depois de quatro meses. 

    O mercado brasileiro seguiu o movimento dos Estados Unidos. Lá, apenas o índice Dow Jones cresceu, ainda que muito próximo da estabilidade: 0,04%, aos 26.075,3 pontos. O S&P 500 teve queda de 0,93%, para 3.155,25 pontos, enquanto o Nasdaq caiu 2,16%, para 10.836,28 pontos.

    A queda do Ibovespa na segunda-feira vem após duas semanas de alta, período em que o índice acumulou uma valorização de 6,6% e recuperou o patamar de quatro meses atrás.

    O dólar ganhou força ante o real diante de um mercado temoroso com o avanço do novo coronavírus. A moeda americana subiu 1,21%, a R$ 5,38. Ontem, a OMS registrou novo recorde diário de casos de Covid-19 no planeta.

    Mas o real já estava entre as divisas de pior desempenho desde cedo, seguindo um dia mais fraco para pares latino-americanos, diante de perspectivas mais incertas para a região por causa da crise da Covid-19.

    O real dividiu com o peso mexicano o posto de moeda com pior desempenho global na sessão, e ambos eram seguidos pelo peso argentino e, um pouco mais atrás, pelo peso colombiano.

    “Seguimos com liquidez menor, o que deixa o mercado suscetível a essas mudanças de variação”, disse Fernando Bergallo, sócio da FB Capital.

    Em patamar em torno de US$ 1 bilhão, a média de 21 dias do volume de câmbio contratado no mercado físico está perto de mínimas não vistas desde setembro de 2018. 

    As ações da Ambev tiveram o pior desempenho do pregão desta segunda-feira, com queda de 5,72%, a R$ 14. A Natura também experimentou forte queda das ações ordinárias, de 5,07%, a R$ 39,90. As ações da Petrobras se desvalorizaram 1,55% e eram negociadas a R$ 22,16. 

    As incorporadoras sofreram com maior aversão ao risco por parte dos investidores. Os papéis da Cyrela sofreram a segunda maior desvalorização do pregão, com uma queda de 5,32%, com as ações ordinárias negociadas a R$ 26,54.

    Lá fora

    Os resultados de Wall Street foram influenciados pelo recuo nos preços dos papéis de gigantes da tecnologia. Amazon e Microsoft viram suas ações se desvalorizar no pregão de hoje. As ações das duas empresas tiveram desvalorização aproximada de 3%. 

    No radar dos investidores esteve a notícia de que o governador da Califórnia, Gavin Newsom, ordenou nesta segunda uma redução maciça da reabertura do Estado, em meio ao aumento de casos do novo coronavírus. Ele proibiu o funcionamento de bares e restaurantes com ambientes fechados em todo o Estado, além de fechar igrejas, academias e salões de beleza nos municípios mais atingidos.

    Uma das principais preocupações de investidores tem sido uma segunda onda de casos de Covid-19 que justifique novas medidas de lockdown a ponto de afetar a retomada da economia.

    No final da tarde, a agência Bloomberg noticiou que a Apple comunicou a funcionários que um retorno total dos escritórios nos Estados Unidos não irá ocorrer antes do final do ano.

    A virada dos mercados americanos destoou do cenário na Europa, cujas bolsas fecharam mais cedo.

    Na Europa, o índice FTSEurofirst 300 subiu 1,02%, para 1.444 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 1,06%, para 370 pontos, com as mineradoras ganhando 1,7% devido ao otimismo com a recuperação da China e a alta dos preços dos metais.

    Duas vacinas experimentais para o novo coronavírus, desenvolvidas pela empresa de biotecnologia alemã BioNTech e pela farmacêutica norte-americana Pfizer, receberam designação de “fast track” pela agência reguladora dos EUA, o FDA, disseram as empresas nesta segunda-feira.

    Isso significa que a agência deu sinal verde para uma tramitação mais rápida da vacina.

    “Quanto antes sair uma vacina, mais confiante as economias podem ficar sobre reabrirem completamente e começarem a trilhar a estrada da recuperação”, disse Michael Baker, analista da ETX Capital.

    (Com Reuters)

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