Ibovespa fecha em queda com pressão de commodities; dólar tem leve recuo
Usiminas (USIM5) caiu 6,19%, mas ainda segura alta de 5,8% no ano. As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) caíram 4,54%. CSN (CSNA3) recuou 4,36%
Pressionado por ações de commodities, o Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira (13) depois de avançar na véspera. O principal índice da bolsa de valores recuou 1,67% para 121.933 pontos.
Já o dólar teve outro dia de perdas ante o real e fechou em queda de 0,16%, para R$ 5,3122.
Considerando toda a sessão, que se inicia às 9h, a cotação foi de alta de 0,65%, a R$ 5,3556, e queda de 0,92%, a R$ 5,2716.
Quedas significativas em ações de peso, como Petrobras (PETR3, PETR4), Vale (VALE3) e Banco do Brasil (BBAS3) pressionaram a bolsa brasileira no pregão de hoje.
Um dos movimentos que mais chamou atenção do mercado foi do Banco do Brasil, que despencou depois de rumores que indicam a saída André Brandão, presidente da empresa. Os papéis do banco chegaram a subir na sessão, mas, com a notícia, fecharam em queda de 4,94%.
Os papéis de commodities foram pressionados por um movimento de correção depois de puxarem a recuperação da bolsa e levarem o Ibovespa à máxima histórica.
Usiminas (USIM5) caiu 6,07%, mas ainda segura alta de 5,8% no ano. As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) caíram 4,83%. CSN (CSNA3) caiu 4,81% e Vale (VALE3) teve queda de 2,99%.
Na ponta positiva, as ações da PetroRio (PRIO3) avançaram 3,9%, a R$ 79,48, depois que o Bradesco BBI iniciou a cobertura do papel com preço-alvo de R$ 84 e recomendação neutra.
Investidores se dividiam entre notícias positivas do setor de serviços em novembro, perspectiva de início de vacinação, corrida para eleição nas duas casas legislativas brasileiras e apostas sobre os rumos da política monetária.
Em parte, o movimento do câmbio começou o dia refletindo as declarações sobre suporte do banco central norte-americano, o Federal Reserve (Fed). Os investidores acompanham a discussão em torno do “tapering”, ou seja, a possível redução do estímulo monetário pela autoridade.
Durante a semana, vários executivos do banco, incluindo Loretta Mester, Esther George, James Bullard e Eric Rosengren, recuaram da ideia de que o Fed vai reduzir suas compras de ativos em breve.
No Brasil segue a discussão política com o presidente Jair Bolsonaro afirmando ter “simpatia” pelo senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para a presidência do Senado.
Além disso, investidores da B3 ainda repercutem a decisão da Ford de abandonar o país.
Bolsas internacionais
O índice S&P 500 encerrou ligeiramente em alta nesta quarta-feira, com setores defensivos liderando os ganhos, enquanto os investidores esperavam por detalhes do próximo plano de estímulo fiscal dos Estados Unidos e o Congresso iniciava as audiências de impeachment do presidente Donald Trump.
O Dow Jones recuou 0,03%, aos 31.060 pontos, o S&P 500 teve alta de 0,23%, aos 3.809 pontos, e o Nasdaq valorizou-se 0,43%, aos 13.128 pontos.
O mercado acionário europeu fechou em leve alta nesta quarta-feira, com ganhos relacionados a acordos envolvendo tanto o francês Carrefour quanto a espanhola Telefonica compensando preocupações com os lockdowns devido à Covid-19.
As ações do Carrefour subiram 13,4%, para o nível mais alto desde agosto de 2019 após ser procurado inesperadamente pela canadense Alimentation Couche-Tard para um acordo de 16,2 bilhões de euros.
A Telefonica saltou 9,7% depois que concordou em vender suas torres de telefonia móvel na Europa e América Latina para a operadora norte-americana American Towers por 7,7 bilhões de euros.
Embora a atividade de acordos tenha provocado movimentações nos mercados regionais, o índice FTSEurofirst 300 subiu 0,08%, a 1.578 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,11%, a 409 pontos, com os investidores dando uma pausa após o forte rali da semana passada.
Já as bolsas da Ásia encerraram o pregão desta quarta-feira (13), sem direção única. Seguindo o tom de Nova York, o japonês Nikkei encerrou o dia em alta de 1,04%, aos 28.456,59 pontos, recorde de fechamento desde agosto de 1990, com destaque para o setor de tecnologia.
De olho no novo coronavírus, na China continental, o índice Xangai composto fechou em queda de 0,27%, aos 3.598,65 pontos, acompanhado pelo índice Shenzhen, que baixou 1,08%, a 2.393,74 pontos.
(Com informações da Reuters)