Ibovespa fecha em alta com alívio na inflação dos EUA; dólar recua a R$ 4,93
No cenário doméstico, alta foi puxada pela Petrobras após divulgação do pagamento de dividendos
O Ibovespa voltou a fechar no campo positivo nesta quinta-feira (11), impulsionado pela alta da Petrobras (PETR4) e com as expectativas com a apresentação do texto do novo marco fiscal no Congresso.
No cenário internacional, o destaque ficou no arrefecimento das tensões sobre o futuro dos juros norte-americanos após novos dados da inflação publicados nesta manhã indicarem alívio na variação de preços aos produtores. O movimento deu novo fôlego para a queda do dólar, que fechou em baixa ante o real pela quinta sessão seguida.
O principal índice da bolsa brasileira encerrou a sessão com alta de 0,75%, aos 108.256 pontos. Já o dólar registrou retração de 0,25%, negociado a R$ 4,936 na venda.
As ações da Petrobras garantiram o Ibovespa no campo positivo após a estatal informar a distribuição de R$ 24,7 bilhões em dividendos. Os papéis preferenciais (PETR4) fecharam com alta de 3,67%, enquanto os ordinários (PETR3) valorizaram 2,40%.
Ainda no cenário doméstico, investidores aguardam pela apresentação do novo texto do marco fiscal. Nesta manhã, o relator da medida na Câmara, deputado Cláudio Cajado (PP-BA) se encontrou com o vice-presidente, Geraldo Alckmin, para definir caminhos da conclusão da proposta.
O vice-presidente enfatizou o trabalho de Cajado, principalmente por ele estar ouvindo a opinião da sociedade em relação ao novo marco fiscal.
“[O texto] é inteligente porque atende a necessidade de termos um marco fiscal bom, estabelecendo a meta de redução de dívida, o superávit primário ano a ano, crescente. Vai de zero, para 0,5%, 1%, depois 1,5%. Estabelece regras e é contracíclico.”
No ambiente internacional, as discussões focaram em novos dados da inflação nos Estados Unidos. O índice de preço ao produtor (PPI) subiu 0,2% no mês passado e avançou 2,3% nos 12 meses até abril. Esse foi o menor aumento numa base anual desde janeiro de 2021 e seguiu um avanço de 2,7% em março. Economistas consultados pela Reuters previam alta de 0,3% em abril e elevação de 2,4% na comparação anual.
Os números abaixo das projeções reforçam a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) interrompa a escalada dos juros, atualmente na banda de 5% a 5,25%.
“O CPI (Índice de Preços ao Consumidor, na sigla em inglês) de ontem (quarta-feira) já mostrou que o processo de desinflação está acontecendo nos EUA. Pode-se até questionar a velocidade, mas está acontecendo”, comentou o gestor de renda fixa da Kínitro Capital, Mauricio Ferraz.
Na véspera, o dólar fechou em queda de 0,77%, negociado a R$ 4,949 na venda. O Ibovespa, por sua vez, teve alta de 0,31%, aos 107.488 pontos.
Publicado por Tamara Nassif. Com informações da Reuters.