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    Ibovespa fecha em alta com avanços de Vale e Petrobras como suporte; dólar sobe

    Tensões entre as duas maiores potências mundiais por causa do TikTok deixaram investidores apreensivos, mas cena corporativa compensou o cenário internacional

    Depois de abrir queda, o Ibovespa se recuperou e terminou o dia com crescimento de 0,65%, aos 103.444,48 pontos. No pior momento do dia, o índice chegou aos 101.420 pontos.

    As ações da Braskem lideraram os ganhos nesta segunda-feira, depois que a Odebrecht anunciou que vai retomar o processo de venda da companhia. Ações de peso, como Vale e Petrobras, também deram suporte ao avanço do índice.

    O dólar começou a semana em alta ante o real, na quarta valorização diária consecutiva e na máxima desde o fim de junho, puxado por um dia de moeda norte-americana fortalecida no exterior em meio a tensões EUA-China.

    O dólar à vista subiu 0,97% nesta segunda-feira, a R$ 5,4649 na venda, maior patamar desde 26 de junho (R$ 5,4652).

    “A alta das commodities, em especial minério de ferro e petróleo, assim como a expectativa por um novo pacote de estímulos nos EUA impulsionaram o mercado neste começo de semana”, afirma Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora.

    Na semana passada, depois que o presidente Donald Trump assinou decreto que proíbe a operação de dois dos maiores aplicativos chineses nos Estados Unidos (EUA) caso não sejam vendidos para companhias americanas, as tensões comerciais contra a China levaram o dólar a disparar mais de 1,3% frente ao real, fechando aos R$ 5,43 na última sessão.

    Mais cedo, os economistas do mercado financeiro melhoraram pela sexta semana seguida as projeções para o desempenho Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. De acordo com o Boletim Focus, na semana passada, a estimativa era de que a atividade econômica caísse 5,66% este ano, agora a previsão é de queda de 5,62%.

    Destaques

    O grande destaque positivo da sessão foi a Braskem, que avançou 9,32% depois que a Odebrecht anunciou ao mercado na sexta (7) à noite que iria retomar o processo de venda companhia, da qual detém 38,3% do capital total e o equivalente a 50,1% do capital votante.

    As ações ordinárias e preferências da Petrobras subiram 3,39% e 2,9%, respectivamente, seguindo a alta nos preços do petróleo, superior a 1%.

    A CSN disparou 7,88%, capitaneando as altas no setor de mineração e siderurgia, com a Vale encerrando com acréscimo de 2,89%. Analistas do JPMorgan elevaram sua previsão para o preço do minério de ferro para US$ 100 por tonelada no final de 2021, citando entre outros fatores previsão de que a Vale não deve aumentar significativamente seu nível de produção nos próximos 12 meses e perspectiva de que a demanda chinesa continuará forte.

    As ações da Vale subiram 2,89% depois que o secretário especial de Desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar, afirmou na sexta-feira que o governo federal vai abrir mão de sua participação na mineradora.

    As ações ordinárias do Magazine Luiza recuaram 4,34%, tendo no radar resultado forte do Mercado Livre no segundo trimestre, quando a plataforma de tecnologia e comércio online mais do que triplicou o lucro líquido. A B2W subiu 0,09% e a Via Varejo avançou 0,74%.

    Em Nova York, as ações do Mercado Livre fecharam em baixa de 5,83%, a US$ 1.124,31, após registrarem no começo do pregão recorde intradia, a US$ 1.270.

    No dia de sua estreia na B3, a d1000 despencou 8,35%, após o braço de varejo farmacêutico da Profarma precificar IPO na semana passada a R$ 17 por papel, no piso da faixa indicativa sugerida. Os papéis da Profarma recuaram cerca de 3%.

    A Quero-Quero, outra estreante, teve valorização de 1,1% depois de IPO precificado no centro da faixa indicativa, a R$ 12,65 por ação.

    Ainda hoje, Cosan, Yduqs, IRB e Itaúsa também divulgam seus números.

    Lá fora

    Apesar da tensão entre as duas potências mundiais, os dados da produção industrial da China neste início de semana, que demonstraram uma forte recuperação frente à crise induzida pela pandemia de coronavírus, alimentavam o otimismo dos investidores ao redor do mundo, ainda que a cautela permaneça.

    Além de permanecerem de olho na guerra comercial e tecnológica entre as duas maiores potências mundiais, investidores aguardam mais estímulos vindos do governo americano. Após os democratas e a Casa Branca falharem em chegar a um acordo sobre a lei de estímulo nesta semana, Trump assinou quatro decretos no fim de semana para tentar manter a economia aquecida.

    Novos sinais de que um outro pacote de ajuda possa ser aprovado em breve, no entanto, empurravam as bolsas globais para o terreno positivo. Na véspera, a presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, e o secretário do Tesouro do país, Steven Mnuchin, afirmaram estar abertos para retomar as negociações sobre o pacote de ajuda.

    Em Wall Street, investidores aguardam a decisão, o que fez o S&P 500 e o Dow Jones avançarem 0,27% e 1,3%, respectivamente. O Nasdaq, por outro lado, caiu 0,49%. 

    As ações europeias fecharam ligeiramente em alta nesta segunda-feira, com as ações cíclicas sensíveis ao crescimento recebendo impulso da melhoria de dados econômicos da China, mas as tensões sino-americanas afetaram o setor de tecnologia.

    Com os volumes de negociação reduzidos conforme vários operadores entram em férias de verão, o índice FTSEurofirst 300 subiu 0,26%, a 1.414 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,3%, a 365 pontos. O STOXX 600 viu seu volume de negociação cair para quase 75% de sua média móvel de 30 dias.

    Com esperanças de uma recuperação econômica mais rápida, após os dados da indústria, os índices da China fecharam a segunda-feira (10) em alta. O CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 0,36%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,75%.

    (Com Reuters)

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