Ibovespa fecha em queda de 1,67% com receios fiscais; dólar sobe a R$ 5,21
Principal índice da bolsa brasileira termina em menor patamar em quatro meses com preocupações de efeito fiscal na Selic
O Ibovespa fechou em queda de 1,67% nesta quinta-feira (8), aos 107.249.04, com sinais nocivos sobre o rumo fiscal do país endossando receios de que a política monetária restritiva no Brasil dure mais do que o previsto. Este foi o menor patamar de fechamento em quatro meses, desde 5 de agosto.
Entre as ações, CVC puxou as perdas, com desvalorização de 10,23%, seguida por Azul, -7,61%, e Pão de Açúcar, -6,97%. Na ponta oposta, Meliuz teve ganhos de 8,85%.
Já o dólar encerrou em alta de 0,18%, cotado a R$ 5,215, em meio a negociações instáveis, com investidores ajustando posições após perdas recentes da moeda, acompanhando a tramitação da PEC do Estouro e digerindo o comunicado de política monetária do Banco Central, que trouxe alertas fiscais ao governo eleito.
Na véspera, a moeda norte-americana fechou em queda de 1,23%, a R$ 5,206, patamar de encerramento mais baixo desde quinta-feira passada (R$ 5,197).
Copom
O Banco Central decidiu manter a Selic em 13,75% na véspera e afirmou que irá acompanhar “com especial atenção” os desenvolvimentos futuros da política fiscal e seus efeitos nos preços de ativos e expectativas de inflação.
O Credit Suisse e a XP Investimentos revisaram projeções e agora não esperam mais cortes da taxa básica de juros até o final do ano que vem, prevendo que uma redução deve ocorrer apenas em 2024. Antes, o banco suíço estimava uma redução a 11,5% e a XP, a 10% em 2023.
Em meio a preocupações no mercado como rumo fiscal do país, o Senado aprovou também na quarta-feira a PEC do Estouro que expande por dois anos o teto de gastos em R$ 145 bilhões. O texto agora segue para a Câmara dos Deputados.
No exterior, Wall Street abriu em alta, em sessão marcada por dados mostrando um aumento moderado nos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, enquanto persiste o receio com o efeito da política monetária do Federal Reserve na economia.
*Com informações de Reuters