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    Ibovespa fecha em queda após anúncio de lockdown na Inglaterra; dólar sobe

    As ações ligadas ao turismo e ao varejo físico foram as mais pressionadas no pregão de hoje. A Embraer (EMBR3) liderou as perdas nesta segunda-feira

    Manuela Tecchio e Leonardo Guimarães, , do CNN Brasil Business, em São Paulo



     

    O dólar abandonou a forte queda que apresentava na abertura desta primeira sessão de 2021, com investidores buscando segurança na moeda norte-americana após uma piora nas bolsas globais. Com isso, a divisa fechou em alta ante o real.

    A moeda norte-americana subiu 1,51%, negociada aos R$ 5,2701 na venda. 

    Na bolsa de valores brasileira, o Ibovespa trocou de sinal no pregão desta segunda-feira (4) e, depois de abrir em firma alta, fechou em queda. O principal índice da B3 caiu 0,14%, aos 118.854 pontos.

    Mais uma vez, a Bolsa não conseguiu manter o patamar dos 120 mil pontos após renovar o recorde intradia e chegar a 120.267 pontos. 

    Entre as principais os destaques do dia está a notícia de que o primeiro ministro britânico, Boris Johnson, anunciou um novo lockdown devido ao avanço do novo coronavírus para toda Inglaterra. As medidas são semelhantes às adotadas quando a pandemia chegou ao país, em março. O lockdown entra em vigor a partir desta terça-feira. 

    Brian Pinker é a primeira pessoa no Reino Unido a receber vacina da Universidade
    Brian Pinker é a primeira pessoa no Reino Unido a receber vacina da Universidade de Oxford fora das fases de testes
    Foto: NHS/ Reprodução Twitter

    As ações ligadas ao turismo e ao varejo físico foram as mais pressionadas no pregão de hoje. As ações da Embraer (EMBR3) lideraram as perdas nesta segunda-feira com queda de 5,5%. Os papéis da Gol (GOLL4) recuaram 4,25% e os da Azul (AZUL4) tiveram queda de 4,15%. 

    O setor de shopping centers também foi afetado pela preocupação com a economia na medida em que a pandemia não dá trégua. As ações da Iguatemi (IGTA3) caíram 4,25%, as da Multiplan (MULT3) recuaram 3,95% e brMalls (BRML3)

    No noticiário econômico, pesquisas Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) mostraram que a atividade no setor industrial da China avançou em dezembro, enquanto na zona do euro a indústria encerrou 2020 no ritmo mais forte desde meados de 2018.

    Já a ata da última reunião de política monetária do banco central dos EUA, o Federal Reserve (Fed), será divulgada na quarta-feira (6) e deve oferecer mais detalhes sobre sua orientação futura, com chance de novo aumento nas compras de ativos este ano.

    Bolsas internacionais

    As ações em Wall Street fecharam em forte queda nesta segunda-feira, afastando-se de picos históricos no primeiro dia de negociação do ano, com o apetite por risco diminuindo em meio a um segundo turno nas eleições na Geórgia e ao aumento persistente de casos de coronavírus.

    O S&P 500 perdeu 1,48%, para 3.700 pontos. O Dow Jones caiu 1,25%, para 30.223 pontos e o Nasdaq Composite recuou 1,47%, para 12.698 pontos.

    O Dow Jones, que atingiu uma pontuação máxima recorde no início da sessão, mesmo movimento do S&P 500, também foi puxado para baixo por uma queda de mais de 4% nas ações da Boeing Co, depois que Bernstein cortou sua recomendação para “abaixo da média do mercado”, citando preocupações sobre o fluxo de caixa.

    As ações europeias avançaram na primeira sessão de negócios do ano nesta segunda-feira, com um acordo comercial histórico do Brexit e campanhas de vacinação contra o coronavírus em todo o continente impulsionando as expectativas de uma forte recuperação econômica.

    O índice pan-regional STOXX 600 teve alta de 0,7%, tendo tocado máximas desde fevereiro de 2020, com o setor de mineração, economicamente sensível, avançando mais de 3%.

    No entanto, após o fechamento das bolsas europeias, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou que os cidadãos devem voltar a respeitar medidas mais duras de isolamento social para conter o avanço da Covid-19. A decisão deve colocar pressão sobre os mercados internacionais nesta terça-feira. 

    Na Ásia, as bolsas fecharam o primeiro pregão do ano em alta, mas Tóquio foi na contramão. O índice Shanghai Composto ganhou 0,86%, a 3.502,96 pontos, e o Shenzhen avançou 2,46%, a 14.827,47 pontos.

    Já o Nikkei começou o novo ano em baixa de 0,68%, a 27.258,38 pontos, porque o governo do Japão avalia declarar estado de emergência na capital do país.

    (Com Reuters)

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