Bolsa fecha em alta com expectativa de avanço das reformas; dólar cai a R$ 5,35
O real liderou os ganhos entre as principais moedas, em dia positivo para ativos de risco no mundo e otimismo após eleições no Congresso
O dólar fechou em forte queda nesta terça-feira (2). A moeda caiu 1,70% ante o real, a R$ 5,3562 venda, após oscilar entre R$ 5,3442 (-1,92%) e R$ 5,4225 (-0,48%). O real liderou os ganhos entre as principais moedas
Já o Ibovespa fechou em alta de 0,61%, para 118.233 pontos, em um dia de otimismo em todo o mundo.
A BW2 (BTOW3) liderou as altas, com valorização de 6,67%, seguida por Totvs (TOTS3) – 6,77% –, Embraer (EMBR3) – 6,72% –, Braskem (BRKM5) – 6,34% – e Via Varejo (VVAR3) – 6,26%.
Em parte, o movimento do câmbio reflete um cenário de otimismo no exterior, por causa da injeção de estímulos econômicos pelas maiores economias do mundo e uma (ainda tímida) recuperação econômica global. O mercado lá fora aguarda as negociações entre o presidente Joe Biden e senadores republicanos sobre o pacotão de estímulos contra os efeitos da pandemia.
Ao mesmo tempo, investidores internos repercutem os resultados das eleições no Congresso e a decisão de Arthur Lira (PP-AL) de desmontar o bloco adversário ao ser eleito presidente da Câmara, além de uma série de dados corporativos. Do lado positivo da moeda, mercado enxerga avanço da agenda de reformas.
O candidato apoiado pelo governo foi eleito com larga vantagem em primeiro turno para a presidência da Câmara, dando fôlego ao Planalto para tocar sua pauta prioritária e ainda alguma garantia de que os cerca de 60 pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro não vão avançar.
Ao mesmo tempo que prometeu união, Lira destituiu o bloco que havia dado sustentação a Baleia Rossi (MDB-SP), seu adversário, alegando que seu registro ocorreu após o prazo limite predeterminado. Essa decisão pegou de surpresa boa parte do plenário e pode acirrar os ânimos na Casa.
Já o novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), prometeu um esforço para conduzir pautas de interesse do Poder Executivo, mas ressalvou que exigirá uma atuação independente e que também buscará um diálogo com as demais instituições.
No noticiário corporativo, a Petrobras (PETR4) divulga relatório de produção e vendas do quarto trimestre e fechamento de 2020, mas só depois do fim do pregão na bolsa.
Lá fora
Os mercados de ações dos Estados Unidos terminaram em forte alta pelo segundo dia consecutivo nesta terça-feira, amparados por ganhos de Amazon.com e Alphabet antes da divulgação de seus balanços e pelo otimismo sobre progresso em um pacote de alívio à pandemia nos EUA.
O índice Dow Jones subiu 1,57%, a 30.687 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 1,389824%, a 3.826 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 1,56%, a 13.613 pontos.
Os mercados acionários europeus avançaram nesta terça-feira diante da esperança de uma recuperação econômica mais rápida, com alguns dados positivos de crescimento econômico e perspectivas encorajadoras de grandes nomes como Airbus e LVMH colocando o índice pan-regional a caminho de apagar as maciças perdas da semana passada.
O índice STOXX 600 encerrou em alta pela segunda sessão consecutiva, valorizando-se 1,3%, depois de recuar mais de 3% na semana passada devido às preocupações em torno da lenta distribuição das vacinas contra a Covid-19 na zona do euro.
Dados preliminares divulgados nesta terça-feira mostraram que a atividade da zona do euro contraiu menos do que o esperado no quarto trimestre de 2020, já que as economias da Alemanha e da Espanha ainda registraram uma leve expansão.
As bolsas asiáticas fecharam em alta generalizada nesta terça-feira (2), seguindo o bom desempenho dos mercados acionários de Nova York.
O índice japonês Nikkei subiu 0,97% em Tóquio, a 28.362,17 pontos, impulsionado por ações de fabricantes de autopeças e empresas ligadas ao setor ferroviário, enquanto o Hang Seng avançou 1,23% em Hong Kong, a 29.248,70 pontos.
Na China continental, o Xangai Composto avançou 0,81%, a 3.533,68 pontos, e o Shenzhen Composto subiu 1,66%, a 2.401,65 pontos.
(Com Reuters