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    Bolsa fecha acima dos 100 mil pontos e dólar recua à espera de definição nos EUA

    Investidores de Wall Street parecem confortáveis com cenário desenhado pela eleição (até agora) de contrapeso no Congresso americano

    Do CNN Brasil Business, em São Paulo



     

    Os Estados Unidos permanecem sob os holofotes nesta quinta-feira (5) com o democrata Joe Biden se aproximando da vitória sobre o presidente republicano Donald Trump. Em Wall Street, investidores comemoravam o cenário que está se desenhando nas eleições presidenciais norte-americanas.

    Dianta das altas em todas as principais bolsas de valores ao redor do mundo, o Ibovespa fechou o pregão desta quinta em forte alta e retomou. com folga, o patamar dos 100 mil pontos. 

    O índice subiu 2,95%, para 100.751,4 pontos. Na véspera, a bolsa havia avançado quase 2%, mas o índice não havia alcançado o patamar dos 98 mil pontos — até agora.

    O grande destaque foram as ações da Ultrapar (UGPA3), que dispararam 14,39%. Ontem, a empresa anunciou que sua receita cresceu 31% no terceiro trimestre ante o segundo tri. 

    Os papéis da Ecorodovias (ECOR3) também tiveram forte após divulgação de balanço do último trimestre. As ações subiram 7,94% depois que a empresa reportou lucro de R$ 71 milhões e aumento no tráfego nas rodovias que administra. 

    O dólar fechou em forte baixa contra o real pelo segundo dia consecutivo nesta quinta-feira, depois de ter despencado mais de 2% durante o pregão, refletindo a fraqueza mundial da moeda norte-americana.

    O dólar à vista cedeu 1,97%, a R$ 5,5455 na venda, seu menor patamar para encerramento desde 9 de outubro (R$ 5,5268). Mais cedo, na mínima do pregão, a moeda registrou queda de quase 2,2%, a R$ 5,5335 na venda, seu menor patamar intradiário desde 13 de outubro.

    Hoje, o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) manteve sua política monetária de afrouxamento intacta e se comprometeu novamente a fazer o que puder nos próximos meses para sustentar uma recuperação econômica norte-americana ameaçada pela pandemia.

    A decisão do BC norte-americano, claro, fica em segundo plano por causa da apuração dos votos para a presidência dos Estados Unidos. 

    “Aparentemente, o mercado mudou a narrativa, e agora a falta de ‘onda azul’ não é mais tão ruim. O motivo é a menor probabilidade de aumento de impostos. Ainda assim, a menor probabilidade de juros mais altos como consequência da maior expansão fiscal deve continuar pesando sobre os bancos”, avalia Roberto Attuch, CEO da casa de análises Omninvest.

    “O resultado da eleição, com potencial de um presidente democrata e um Senado republicano, é de muitas maneiras a melhor notícia para os mercados porque impede políticas extremas”, disse Jonathan Bell, diretor de investimentos da Stanhope.

    Ainda nos Estados Unidos, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do banco central norte-americano, o Federal Reserve (Fed), vai anunciar novas diretrizes de política monetária às 16h30. O conselho deve indicar mais estímulos e repetir a promessa de fazer o que puder para ajudar a economia na recessão.

    No Brasil, a pauta de resultados corporativos contempla Banco do Brasil (BBAS3), Iguatemi (IGTA3) e Lojas Renner (LREN3).

    Mais cedo, o banco registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,482 bilhões no terceiro trimestre deste ano, queda de 23,3% na comparação com o mesmo intervalo de 2019. O resultado foi impactado pelo aumento de suas provisões para devedores duvidosos (PCLD), que teve crescimento de 40,5%.

    Bolsas internacionais

    Lá fora, apesar das incertezas, o clima era de otimismo. Todas as principais bolsas ao redor do mundo fecharam em alta.

    Na bolsa norte-americana, o Dow Jones subiu 1,95%, o S&P 500 ganhou 1,98% e o Nasdaq teve alta de 2,48%. 

    As ações europeias atingiram uma máxima em mais de duas semanas nesta quinta-feira, com fortes balanços corporativos trimestrais, novos estímulos para a economia do Reino Unido e ganhos em Wall Street após as eleições levantando o ânimo dos investidores.

    O índice pan-europeu STOXX 600 valorizou-se 1,1%, para atingir seu maior nível desde 19 de outubro, e caminhava para sua melhor semana em mais de seis meses.

    As ações de tecnologia saltaram 2,5%, assim como seus pares nos EUA, mas os ganhos foram amplos na Europa, com os segmentos da mídia, montadoras e empresas químicas subindo mais de 2%.

    Na bolsa da China, os índices terminaram o dia em alta, diante da vantagem do democrata Joe Biden na corrida eleitoral americana. O CSI300 subiu 1,48%, liderado pelas ações de consumo básico, enquanto o índice de Xangai teve alta de 1,3%.

    (Com Reuters)

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