Ibovespa fecha em alta puxada por Vale; dólar cai a R$ 4,99
Alívio na curva futura de juros e Vale fornecendo um apoio adicional após anúncio de dividendos e recompra de ações, impulsionaram a bolsa
O Ibovespa fechou em alta nesta quinta-feira (26), em sessão de ajustes apoiados pelo alívio na curva futura de juros e com Vale fornecendo um apoio adicional após anúncio de dividendos e recompra de ações.
A Petrobras figurou entre as poucas quedas, pressionada pelo declínio do petróleo no exterior.
O índice de referência da bolsa brasileira subiu 1,68%, a 114.730,06 pontos. Na máxima do dia, chegou a 114.885,61 pontos e, na mínima, a 112.840,03 pontos.
O volume financeiro somava 18,7 bilhões de reais antes dos ajustes finais.
Dólar
O dólar à vista fechou o dia em queda no Brasil, voltando para abaixo dos R$ 5, reflexo do recuo das taxas dos títulos norte-americanos no exterior, após a divulgação de novos dados econômicos dos Estados Unidos.
A moeda americana à vista fechou o dia cotado a R$ 4,991 na venda, em baixa de 0,21%. Em outubro, a divisa dos EUA acumula baixa de 0,72%.
Na B3, às 17:04 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,14%, a R$ 4,991.
Além disso, oscilou em margens bastante estreitas no Brasil, com as cotações refletindo principalmente o cenário internacional.
Cenário do dia
Por aqui, a inflação desacelerou em outubro, após o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação, subiu 0,21% em outubro, após apresentar alta de 0,35% no mês anterior.
Para o Goldman Sachs, esse comportamento dos preços deverá apoiar a continuação de um ciclo de flexibilização gradual da taxa Selic.
“No entanto, não há agora praticamente qualquer espaço para uma aceleração no curto prazo do ritmo dos cortes na taxa”, avalia, citando entre as razões o mercado de trabalho apertado, a política fiscal e as expectativas de inflação.
Além disso, acrescentou, o equilíbrio do risco para a inflação dos alimentos e dos combustíveis está agora claramente inclinado para cima e os fundamentos da inflação dos serviços exigem cautela.
No exterior, investidores globais também digerem a divulgação do PIB preliminar do 3º trimestre nesta manhã, a economia dos EUA cresceu a um ritmo ainda mais forte no terceiro trimestre, a uma taxa anual de 4,9%.
De acordo com o estrategista-chefe da Avenue, William Castro Alves, apesar do forte crescimento no terceiro trimestre, grande parte do mercado aposta num arrefecimento deste para o quarto trimestre, entre outras razões, pelas elevadas taxas de juros.
“A medida dessa desaceleração vai ser fator chave para a discussão da evolução esperada para as taxas de juros”, afirmou.
Os mercados têm acompanhado a primeira economia do mundo, enquanto a variação dos títulos do Tesouro dos EUA interferem no fluxo de capital global.
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*Com informações de agência Reuters