Investimentos no Tesouro Direto perdem fôlego e atingem R$ 3,8 bi em abril
Ao todo, foram R$ 2,01 bilhões em resgate, resultando em emissão líquida de R$ 1,79 bilhão
As operações de investidores no Tesouro Direto somaram R$ 3,8 bilhões em abril, segundo dados divulgados pelo Ministério da Fazenda nesta terça-feira (23). O resultado mostra desaceleração ante o mês anterior, quando o volume ficou em R$ 6,8 bilhões — o maior valor desde o início da série histórica, em 2003.
Ao todo, no mês passado, foram R$ 2,01 bilhões em resgate, resultando em emissão líquida de R$ 1,79 bilhão. As aplicações de até R$ 1 mil foram maioria, com 58,3% das operações, enquanto o valor médio ficou em R$ 7.131.
O total de investidores ativos, ou seja, quem possui saldo com aplicação, superou a marca de 2,17 milhões de pessoas em abril — acréscimo de 35 mil em comparação ao mês imediatamente anterior.
Já o número de investidores cadastrados aumentou em 297 mil, crescimento de 30,61% em relação a abril de 2022, atingindo a marca de 24 milhões de pessoas.
Segundo os dados do ministério, o Tesouro Selic — indexado à taxa de juros — foi o mais buscado pelos investidores, totalizando R$ 2,20 bilhões e 60,9% do total.
Já as opções vinculadas à inflação (Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais e Tesouro RendA+) somaram R$ 903 milhões e corresponderam a 24,9% das vendas, enquanto os títulos prefixados (Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais) totalizaram R$ 512,3 milhões em vendas, ou 14,1% do total.
O Tesouro Selic também liderou os resgates antecipados — quando o investidor liquida a operação antes do fim do prazo. Ao todo, a categoria somou R$ 1,19 bilhão, ou 60,8% do total.
Os títulos remunerados por índices de preços (Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais, Tesouro IGPM+ com Juros Semestrais e Tesouro RendA+) totalizaram R$ 549,1 milhões (27,9%), os prefixados, R$ 221,8 milhões (11,3%).
*Publicado por Gabriel Bosa
