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    Investimento estrangeiro no Brasil recua em fevereiro, aponta Banco Central

    País também registrou déficit US$ 2,8 bilhões nas contas externas

    Samantha Kleinda CNN , em Brasília

    Os investimentos estrangeiros no Brasil chegaram a US$ 6,5 bilhões em fevereiro, contra US$ 10,8 bilhões no mesmo período do ano passado, uma queda de 40%, segundo relatório divulgado nesta segunda-feira (27) pelo Banco Central.

    Houve ingressos líquidos de US$ 4,9 bilhões em participação no capital e de US$ 1,6 bilhão em operações intercompanhia.

    O ingresso de investimentos externos acumulam em 12 meses US$ 88 bilhões, ante US$ 92,3 bilhões em janeiro deste ano e US$ 50,2 bilhões em fevereiro de 2022.

    A entrada de novos investimentos no Brasil, em geral, tem relação com o PIB (Produto Interno Bruto) e a Selic. Como a taxa de juros está elevada, em 13,75%, e a última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) não sinalizou uma redução, o PIB tem dado sinais de retração.

    Segundo o boletim Focus do Banco Central, o PIB total deverá ficar crescer menos de 1%. Em boletim desta segunda, que consulta mais de uma centena de economistas do mercado financeiro, a economia deve crescer 0,90% neste ano.

    Contas no exterior

    O país registrou US$ 2,8 bilhões de déficit no balanço entre o que foi gasto e recebido em transações internacionais relativas ao comércio internacional, rendas e transferências em fevereiro deste ano.

    Em relação ao mesmo período do ano passado, há diminuição no rombo. De acordo com os dados da autoridade financeira, a retração é de US$ 1,3 bilhão diante do déficit de US$ 4,2 bilhões registrado em fevereiro de 2022.

    A balança comercial de bens registrou superávit de US$ 2,5 bilhões no mês passado, contra saldo positivo de US$ 3,6 bilhões em fevereiro de 2022. As exportações totalizaram US$ 21,6 bilhões e as importações, US$ 19,1 bilhões, reduções de 9% e 5,4% em comparação a fevereiro de 2022.

    O déficit na conta de serviços totalizou US$ 2 bilhões, redução de 27,6% em relação a fevereiro de 2022. Influenciados pelos menores gastos com fretes, o valor empregado nos transportes recuou 31%, registrando US$ 946 milhões. As despesas líquidas com aluguel de equipamentos totalizaram US$ 571 milhões, aumento de 6,2% na comparação com fevereiro de 2022. As despesas líquidas em viagens internacionais recuaram 23,9% e somaram US$ 339 milhões.

    Segundo a autoridade financeira, o saldo negativo nas transações correntes internacionais nos 12 meses encerrados no último fevereiro somou US$ 54,4 bilhões, o equivalente a 2,78% do PIB (Produto Interno Bruto), ante US$ 55,8 bilhões em janeiro. Em fevereiro do ano passado, a conta estava negativa em US$ 46,8 bilhões.

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