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    Ibovespa cai 0,7% no dia, mas encerra o mês com alta de 8,8%

    O índice já acumula alta de cerca de 30% neste trimestre, puxado pela ampla liquidez global e a queda dos juros no país

    O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira (30), em um dia de sessão volátil, em que alternou momentos de alta e de baixa. O principal índice da bolsa de valores caiu 0,7% e fechou aos 95.055,82 pontos.

    No mês, entretanto, a alta acumulada foi de 8,8%, confirmando a tendência de forte recuperação após o tombo nos primeiros meses do ano, quando prevaleceu a aversão a risco por causa da pandemia do novo Covid-19.

    No trimestre, a alta foi de 30,2% – melhor resultado trimestral desde o final de 2003. O movimento vem após um tombo de quase 37% nos primeiros três meses do ano, quando prevaleceu a aversão a risco por causa do novo coronavírus. No ano, a perda acumulada ainda é de 17,8%.

    Um dos destaques para a performance das ações brasileiras no trimestre foi o fluxo histórico de pessoas físicas para a renda variável, apesar da forte volatilidade com a pandemia e cenário político turbulento no Brasil. E o mês de junho também mostrava fluxo positivo de estrangeiros até o dia 26.

    Na agenda do dia, dados sobre o desemprego no país preocuparam economistas. Pela primeira vez mais da metade dos brasileiros não tem trabalho, de acordo com números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada nesta manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No relatório, a taxa de ocupação atingiu apenas 49,5% no trimestre encerrado em maio.

    Outro indicador colabora para a percepção de recessão. Após um ciclo de expansão que durou 12 trimestres, a economia interna passou a encolher no primeiro trimestre desse ano, de acordo com diagnóstico do Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace), da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado na véspera. 

    Em contrapartida, o governo anunciou a prorrogação do auxílio emergencial, fixada em mais duas parcelas de R$ 600.

    Lá fora

    O segundo trimestre chega ao fim ainda com expectativas do mercado em torno de uma rápida recuperação econômica da crise induzida pelo coronavírus. Mas apesar de dados econômicos mais positivos dos Estados Unidos (EUA) e da China, o recente aumento no número de novas infecções renovava a cautela entre os investidores. 

    Em Wall Street, o índice S&P 500 encerrou o dia em alta e encerrou o trimestre com alta de 19%, seu maior ganho trimestral desde 1998, no auge do boom da tecnologia. A recuperação veio depois de uma queda de 20% no primeiro trimestre, o maior declínio trimestral desde a crise financeira no quarto trimestre de 2008.

    O Dow Jones subiu 0,94%, para 25.836,96 pontos, e o Nasdaq valorizou 1,93%, para 10.064,81 pontos.

    Na zona do euro, as bolsas tiveram ganhos moderados no dia, mas também tiveram seu melhor trimeste desde marçod e 2015. O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,05%, a 1.406 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,13%, a 360 pontos, depois de operar em território negativo.

    Na China, as ações terminaram o dia em alta, após o governo anunciar um esquema de gerenciamento de patrimônio que liga Hong Kong, Macau e suas cidades vizinhas ao continente. Liderados pelos ganhos no setor de tecnologia, o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 1,32%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,78%.

    (Com Reuters)

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