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    Ibovespa sobe 1,25% com perspectiva otimista de estímulos econômicos globais

    Anúncio de compra de títulos feito pelo Fed ajudou investidores externos a superarem os temores sobre segunda onda de Covid-19, impulsionado mercados

    Do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Após quatro pregões no vermelho, a bolsa paulista terminou em alta de mais de 1% nesta terça-feira (16), apoiada pelo noticiário de estímulos econômicos. O tom positivo prevalaceu também devido ao fato de amanhã ser o vencimento de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro, o que estimula os negócios. 

    Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou em alta de 1,25%, a 93.531,17 pontos. Na máxima da sessão, superou 95 mil pontos. O volume financeiro totalizou R$ 30,3 bilhões.

    Após o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) anunciar na véspera que comprará títulos de dívida privada de empresas, repercutiram nesta sessão notícias de que o governo dos EUA prepara pacote de US$ 1 trilhão de em infraestrutura e que o Japão tomará mais ações se necessário.

    “Todos estes fatores, juntos, vêm justificando um mercado externo um pouco mais tranquilo que ontem e no final da semana passada, quando o medo em torno de uma segunda onda da Covid-19 em alguns países, em particular na China, justificou uma certa correção em relação às semanas anteriores”, afirmou a equipe da Azimut Brasil Wealth Management.

    No Brasil, também repercutiram comentários do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a lei das transações tributárias. Ele descartou o uso de parcelamentos nos moldes do Refis, afirmando que o mecanismo “tem que empurrar para a frente”. 

    Pesquisa do Bank of America com gestores na América Latina, por sua vez, mostrou que cerca de 60% dos profissionais consultados veem o Ibovespa acima de 95 mil pontos até o final do ano e um terço acredita que ele pode superar 110 mil pontos.

    A recuperação recente das ações brasileiras tem encontrado suporte na ampla liquidez global, dada a injeção de recursos expressiva nos mercados e na economia real para atenuar os efeitos da pandemia do Covid-19, em um ambiente de taxas de juros bastante reduzidas.

    No Brasil, há expectativa de que o Banco Central anuncie na quarta-feira mais uma redução na taxa Selic, para 2,25% ao ano, o que tende a corroborar a migração de recursos para a bolsa, em busca de melhores rendimentos.

    Lá fora

    O rali global era retomado nesta sessão, impulsionado pelo anúncio de mais suporte do Federal Reserve (Fed), que divulgou um programa de compra de títulos corporativos. A medida ajudava o mercado a superar os temores de uma segunda onda dos casos de coronavírus no mundo. 

    Wall Street avançou nesta terça-feira, com a perspectiva de estímulo adicional e um salto recorde nas vendas no varejo sugerindo que a economia dos Estados Unidos pode se recuperar mais cedo do que o esperado da recessão provocada pela pandemia. Todos os três principais índices de ações dos EUA registraram seu terceiro ganho diário consecutivo.

     O presidente do Fed, Jerome Powell, contudo, alertou que uma recuperação completa ainda poderá levar anos.

    Na Europa, o índice pan-europeu STOXX 600 registrou seu melhor dia em um mês, juntando-se a um rali global em resposta ao lançamento do programa de compra de títulos corporativos do Fed e refletindo a redução das preocupações em relação a uma segunda onda global de infecções por coronavírus.

    O índice FTSEurofirst 300 subiu 2,89%, a 1.417 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600  ganhou 2,9%, a 363 pontos, recuperando-se de uma queda nas últimas sessões que foi alimentada por previsões sombrias sobre uma recuperação econômica ante a pandemia de Covid-19 e um ressurgimento de infecções nos EUA e Pequim.

    Na China, o pregão encerrou com as bolsas em alta. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 1,51%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 1,44%, registrando o maior ganho diário em mais de duas semanas. A principal guinada veio do subíndice de saúde, com crescimento de 2,43%.

    *Com Reuters 

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