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    Ibovespa tem 7ª alta e retoma os 97 mil pontos; nos EUA, Nasdaq bate recorde

    Índice de tencologia é o primeiro de Wall Street a se recuperar do colapso causado pela pandemia; otimismo internacional ajudou mercado brasileiro

    Do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    Impulsionado pelo otimismo nos mercados externos, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, encerrou o pregão desta segunda-feira (8) em alta de 3,18%, a 97.644, 67 pontos. Foi o sétimo pregão seguido de alta e a primeira vez que o índice volta a cruzar os 97 mil pontos desde 6 de março, quando caiu a 97.966,77.

    A última vez que o Ibovespa subiu sete ou mais pregões consecutivos foi em fevereiro de 2018 – fechou em alta por nove pregões. Apesar da forte recuperação frente à mínima do ano de 61.690,53 pontos, em março, o índice segue distante da máxima histórica de 119.593,10 pontos, batida durante o dia em sessão de janeiro.

    A semana começou com renovadas expectativas sobre uma recuperação econômica no exterior, que alimenta a busca por ativos de risco. Apesar disso, o cenário interno ainda pesa nas negociações da bolsa brasileira, após um fim de semana marcado por manifestações.

    No domingo (7), manifestantes contrários e a favor do presidente Jair Bolsonaro protestaram nas maiores cidades do país, sem registro de confrontos na maior parte do tempo.

    Para Paulo Bilyk, diretor de investimentos da Rio Bravo e sócio global da Fosun Hive, o cenário de juros muito baixos com elevada liquidez no mundo favorece compras, mas esse movimento também reflete o retorno na Ásia, Europa e Américas, incluindo em menor grau o Brasil, para um tipo de vida menos contido.

    Ele, contudo, vê com preocupação o fenômeno de pessoas físicas na bolsa paulista, avaliando que elas estão subestimando riscos muito relevantes na economia real. Para Bilyk, não há queda no custo do dinheiro que justifique a bolsa valer o mesmo que valia antes de se saber que o PIB pode cair 7,5% em 2020. “Nós estamos no campo das expectativas emocionais”, afirmou.

    De acordo com os dados mais recentes da B3, até o dia 4 de junho, a participação das pessoas físicas no segmento Bovespa era de 26,2%, contra 24,9% dos investidores institucionais e 43,9% dos estrangeiros.

    “Há um frenesi frente à melhora no exterior, além da flexibilização (do confinamento) no Brasil e expectativa de mais um corte na Selic na semana que vem”, endossou o analista Ilan Albertman, da Ativa Investimentos, que também vê o nível de preço das ações descolado do quadro econômico vigente.

    Ele não descarta uma correção antes de o Ibovespa voltar a se aproximar dos 120 mil pontos, em particular no contexto de uma ruptura no processo de retomada das economias. Mas pondera que também poderá ser observada uma melhora progressiva dos fundamentos na direção de alcançar o patamar dos ativos.

    Nasdaq bate recorde

    Em Wall Street, o índice de tecnologia Nasdaq fechou em pontuação recorde nesta segunda-feira, ao subir 1,13% e bater os 9.924,75 pontos.

    O índice é o primeiro dos três principais índices de Wall Street a se recuperar do colapso do mercado causado pela pandemia. O Dow Jones subiu 1,71%, para 27.574,43 pontos, o S&P 500 avançou 1,21%, para 3.232,46 pontos e o Nasdaq valorizou 1,13%, para 9.924,75 pontos.

    Os dados de sexta-feira (5) que mostraram uma queda na taxa de desemprego dos Estados Unidos (EUA) ainda reverberam nos mercados nesta sessão. Investidores permanecem esperançosos por uma recuperação econômica, embora os dados fracos de comércio divulgados pela China ainda evidenciem os danos provocados pela pandemia de Covid-19.

    As ações chinesas encerraram a segunda-feira (8) em alta mediante expectativas de investidores por ainda mais estímulo monetário. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 0,52%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,24%.

    Os índices acionários europeus, por sua vez, recuaram nesta segunda-feira depois depois de atingirem máximas de três meses. O índice FTSEurofirst 300 caiu 0,24%, a 1.458 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 0,32%, a 374 pontos.

    *Com Reuters

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