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    Ibovespa resiste à realização de lucros e fecha em leve alta com liquidez global

    Retomada das tensões entre EUA e China, além de espera por medidas do BCE, ditavam o ritmo cauteloso dos mercados globais

    Apesar da realização de lucros em todo o mundo, a bolsa brasileira conseguiu resistir à saída de dinheiro do mercado e fechou em leve alta nessa quinta-feira (4). O Ibovespa teve valorização de 0,89%, e alcançou os 93.828 pontos. 

    Na máxima do dia, o Ibovespa chegou a alcançar 94.132 pontos e a mínima foi de 93.723 pontos. 

    “Além da expectativa de total reabertura das economias, a liquidez dos bancos centrais no combate aos impactos do Covid-19 vem ajudando nas performances das principais bolsas mundiais”, afirmou a equipe da Elite Investimentos, classificando os ajustes nesta sessão como realização de lucros.

    Os destaques das ações estavam com Minerva, que subia 4,9%; Vale, com alta de 1,3%; Via Varejo, com elevação de 1,7%. Já os papéis que cediam estavam Petrobras, com queda de 1,3% e Ecorodovias, com perda de 3,3%.

    Lá fora

    O S&P 500, principal índice da bolsa de Nova York, perdeu terreno nesta quinta-feira, com os investidores realizando lucros antes do relatório de empregos de sexta-feira, interrompendo um rali de quatro dias impulsionado pela melhora da expectativa econômica. A queda foi de 0,33%, mas desde o início do mês o índice tem uma alta acumulada de 2,13%.

    O Nasdaq juntou-se ao S&P 500 no território negativo, com queda de 0,77%, enquanto o Dow registrou um ganho nominal, de 0,05%.

    Com investidores mais cautelosos, no início da manhã, as principais bolsas internacionais permaneceram à espera de mais estímulos. 

    Em anúncio aguardado por investidores, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu aumentar seu aporte para a compra de títulos de € 750 bilhões para € 1,35 trilhão. A medida foi projetada para amenizar grandes déficits orçamentários de governos do bloco. Mesmo assim, as ações recuavam na zona do euro. Por volta das 9h56, o índice pan-europeu Stoxx operava em queda de 0,78%, aos 366 pontos.

    Na China, o índice acionário de Xangai fechou a quinta-feira (4) em baixa, com o aumento da preocupação de investidores sobre as tensões comerciais com os Estados Unidos (EUA). Na véspera, o governo norte-americano barrou a entrada de voos de companhias aéreas chinesas.

    O índice que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen fechou com perdas de 0,04%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,14%, depois de oscilar entre os territórios positivo e negativo. Os principais recuos vieram dos subíndices do setor financeiro, que caiu 0,3%, e do imobiliário, que retraiu 0,54%.

    Pautas do dia

    Entre as principais pautas do dia, investidores da B3 estiveram a emissão de novos títulos no mercado externo, realizada na véspera pelo Tesouro Nacional, no valor de US$ 3,5 bilhões. De acordo com a instituição, o objetivo da medida era promover a liquidez da curva de juros soberana em dólar e antecipar financiamento de vencimentos em moeda estrangeira. Liderada por Bank of America, Deutsche Bank, Itau BBA e JP Morgan, a operação encontrou forte demanda global.

    Na cena política, o presidente Jair Bolsonaro sancionou lei que extingue o fundo de reservas monetárias (FRM), mas vetou a destinação desses recursos — estimados em mais de R$ 8,6 bilhões — para o combate ao coronavírus. Originalmente, a MP previa que os recursos do fundo, alimentado pelo Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), seriam utilizados para o pagamento da dívida pública.

    Após a chegada da pandemia ao país, entretanto, o Congresso reverteu a destinação da verba para o combate à doença. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o veto de Bolsonaro gerou “surpresa” entre deputados.

    Enquanto isso, a situação da saúde no Brasil segue crítica. Pelo segundo dia consecutivo, o país registrou um novo recorde de mortes diárias em decorrência da Covid-19, com 1.349 óbitos, atingindo um total de 32.548 falecimentos desde o início da pandemia.

    (Com Reuters)

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