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    Em debate à CNN, Barros defende capitalização da Eletrobras; Boulos critica

    Companhia estreou na Bolsa de Valores na última segunda-feira (13); governo passou a deter 45% do capital acionário

    Elis FrancoVinícius TadeuRenata Souzada CNN , em São Paulo

    Em debate realizado pela CNN nesta quarta-feira (15), o deputado federal e líder do Governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), defendeu a capitalização da Eletrobras, enquanto o coordenador nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e pré-candidato a deputado federal por São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), classificou o impacto da mudança como “desastroso”.

    “O objetivo da capitalização da Eletrobras é justamente esse: abrir a empresa para uma gestão corporativa; aumentar investimentos; reduzir o preço de energia; permitir que ela se comporte como um grande player mundial de energias renováveis que estão, neste momento, recebendo muitos investimentos”, argumentou Barros.

    Boulos discordou do líder do Governo na Câmara. Em sua avaliação, o “impacto disso é desastroso. Primeiro desastroso para a soberania. Nenhum país que se preze abre mão da sua soberania hídrica e energética. O Brasil o fez. Segundo, é desastroso para o consumidor”.

    A Eletrobras concluiu seu processo de privatização e iniciou a oferta de ações na Bolsa de Valores na última segunda-feira (15). Desde então, o governo deixou de ser o acionista controlador da empresa, com 72,2% do capital acionário, e passou a deter 45%.

    “Quando um Estado abre mão de um recurso fundamental, como a geração de energia, como o controle sobre as suas hidrelétricas, quem perde é o povo brasileiro. Porque o que vai acontecer, a partir de agora, nas 15 usinas hidrelétricas que são da Eletrobras, vai haver a descotização, ou seja, o preço da energia vai passar a ser vendido pelo valor de mercado”, apontou Boulos.

    Barros, por outro lado, valorizou o processo. “O governo continua tendo 45% das ações e, portanto, vai se beneficiar da valorização dessas ações no mercado, da otimização, da eficiência da empresa, que deve se tornar agora mais ágil, com uma capacidade de investimento solta do teto de gastos do governo federal.”

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