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    Bolsas da Ásia fecham em baixa após tombo em NY; Hong Kong sobe com Evergrande

    PBoC, como é conhecido o banco central chinês, continua fazendo agressivas injeções de capital no sistema financeiro, atento aos desdobramentos da crise da Evergrande

    Sergio Caldas, do Estadão Conteúdo

    As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta quarta-feira (29) após os mercados acionários de Nova York sofrerem fortes perdas ontem em meio a um avanço nos juros dos Treasuries. A exceção foi a de Hong Kong, impulsionada por notícia de que a endividada gigante do setor imobiliário chinês Evergrande fechou um acordo bilionário para a venda de uma fatia num banco comercial.

    O índice japonês Nikkei sofreu queda de 2,12% em Tóquio hoje, a 29.544,29 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 1,22% em Seul, a 3.060,27 pontos, e o Taiex caiu 1,90% em Taiwan, a 16.855,46 pontos.

    Na China continental, as perdas também vieram na esteira de cortes de energia que estão levando analistas a reduzir suas projeções de crescimento para a segunda maior economia do mundo. O Xangai Composto teve baixa de 1,83%, a 3.536,29 pontos, e o Shenzhen Composto apresentou perda ainda mais expressiva, de 2,29%, a 2.347,16 pontos.

    Na terça, as bolsas de Nova York fecharam com quedas em torno de 1,6% a 2,8%, à medida que os juros dos Treasuries avançaram com a percepção de que o momento de o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) iniciar o chamado “tapering” – ou gradual redução de compras de ativos – está cada vez mais próximo. Na semana passada, o presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizou que o tapering poderá ser anunciado em novembro.

    Em Hong Kong, por outro lado, o Hang Seng avançou 0,67% hoje, a 24.663,50 pontos, uma vez que a ação local da problemática Evergrande saltou 14,98% após a incorporadora revelar que uma de suas unidades chegou a um acordo para vender participação de quase 20% no Shengjing Bank, por cerca de US$ 1,5 bilhão.

    Mas a situação da Evergrande segue inspirando cautela. Hoje, a Fitch cortou a nota de crédito da empresa de CC para C, após uma subsidiária não honrar o pagamento de juros sobre bônus externos que venceram na semana passada. E o PBoC, como é conhecido o banco central chinês, continua fazendo agressivas injeções de capital no sistema financeiro, atento aos desdobramentos da crise da Evergrande.

    Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, seguindo o tom predominante da Ásia. O S&P/ASX 200 caiu 1,08% em Sydney, a 7.196,70 pontos.

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