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    Após quedas históricas, Bolsas asiáticas fecham em alta nesta terça

    Mercado financeiro da região Ásia-Pacífico opera em alta um dia após colapso do petróleo

    Do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Após um dia de quedas históricas, as Bolsas de Valores da região Ásia-Pacífico começaram a se recuperar nesta terça-feira (10). Apesar de ainda sentirem impactos do crescimento do novo coronavírus e da “guerra de preços” do petróleo entre Arábia Saudita e Rússia, os índices tiveram resultados positivos. 

    O S&P/ASX 200, da Austrália, fechou o dia em alta de 3,1%, o melhor dia do índice desde novembro de 2016. Durante o início dos pregões, a Bolsa australiana destoava ao operar positivamente, mas, no decorrer do dia, outros mercados demonstraram recuperações.

    Outros índices que fecharam positivamente foram o Kospi (de Seul), com alta de 0,4%; o Hang Seng (Hong Kong) em 1,5%; o Nikkei (Tóquio) em 0,9%; e o Composite (Xangai) em 1,8%.

    Na segunda, os preços do petróleo sofreram um colapso histórico após a Arábia Saudita iniciar uma “guerra de preços” no mercado contra a antiga aliada Rússia. O índice do Brent, referência mundial, chegou a cair mais de 30% na abertura do mercado e, no início da madrugada, operava em baixa de 22%, em uma cotação de US$ 35 por barril. A queda foi a maior registrada desde 1991, durante a Guerra do Golfo. 

    Os efeito derrubaram o mercado financeiro asiático. O Índice Nikkei, de Tóquio, fechou em queda 5,1%, seguido de outras Bolsas, como Seul (4,2%), Hong Kong (3,5%) e Xangai (3,2%). Ao longo do dia, mercados europeus e americanos seguiram a tendência de baixas. No Brasil, o Ibovespa caiu 12,17%.

    A turbulência ocorreu após o fracasso em uma tentativa de acordo entre a Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) e a Rússia para resgatar o mercado de petróleo diante da crise causada pelo novo coronavírus (COVID-19). 

    Na sexta-feira, o país europeu não aceitou reduzir sua produção para equilibrar o mercado durante o corte da demanda por petróleo. A propagação da doença também gerou uma tendência de desacelaração da economia global, o que afeta as negociações do óleo. 

    Em retaliação à postura russa, a Arábia Saudita reagiu neste domingo com um “guerra de preços”. Para pressionar Moscou, o reino árabe reduziu seus preços oficiais de venda em abril para valores entre US$ 6 e US$ 8. 

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