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    Acesso a crédito impulsiona empreendedorismo feminino durante a pandemia

    Pesquisa aponta que 25% dos empreendimentos femininos ativos em 2021 se iniciaram na crise sanitária

    Anthony Wellsda CNN

    O desemprego e a falta de renda gerada pela pandemia levaram milhares de mulheres brasileiras ao empreendedorismo. Um quarto dos empreendimentos femininos ativos em 2021 teve início durante a crise sanitária.

    Os dados são da mais recente pesquisa realizada pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora, entre maio e junho do ano passado. Na ocasião, foram ouvidas mais de 2.700 mulheres.

    A análise ainda aponta que 7 em cada 10 empreendedoras relatam serem totalmente ou parcialmente independentes financeiramente.

    Mesmo com este cenário, as mulheres ainda têm dificuldades em conseguir acesso a empréstimos e financiamentos. O estudo indicou que 42% das empreendedoras brasileiras que solicitaram crédito tiveram seus pedidos negados.

    A pandemia agravou a situação dos negócios femininos, à medida que 54% das empreendedoras constataram que a crise ocasionada pela Covid-19 limitou as possibilidades de crescimento de seus negócios.

    A fundadora do Instituto Rede Mulher Empreendedora, Ana Fontes, destaca o desenvolvimento econômico em cadeia gerado pelos negócios liderados por mulheres.

    “A mulher quando melhora suas condições, principalmente financeira, investe mais na educação dos filhos, apoia sua comunidade, assiste seus familiares. Além disso, a mulher contrata outras mulheres que vão reagir a essa melhora da mesma forma, potencializando mais pessoas”, diz Ana Fontes.

    Apoio ao empreendedorismo

    A realidade do empreendedorismo feminino no Brasil começa a motivar instituições financeiras a investir nestes negócios. Em coletiva de imprensa virtual realizada na manhã desta sexta-feira (25), o presidente do Banco do Nordeste (BNB), José Gomes da Costa, detalhou as operações da instituição realizadas em 2021, que somaram quase R$ 42 bilhões, em toda área de atuação do banco.

    Entre os resultados apresentados, Costa destacou os investimentos de quase R$ 4 bilhões em micro e pequenas empresas e quase R$ 13 bilhões no “Crediamigo”, uma das principais atividades do banco para microempreendedores. O programa tem 2,5 milhões de clientes ativos, dos quais quase 70% são mulheres.

    Já no “Agroamigo”, programa de microcrédito rural do BNB, R$ 3,4 bilhões foram aplicados, um aumento em relação à 2019, antes da pandemia, quando o valor girava em torno de R$ 2,5 bilhões. Para o presidente do BNB, o crescimento evidencia como a atividade rural foi pouco atingida pela pandemia. O programa conta com quase 1,5 milhão de clientes —quase 50% mulheres.

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