Investimento direto sobe 16% em junho, mas ainda é o menor para o mês em 7 anos
No ano passado, os investimentos estrangeiros no país somaram US$ 34,167 bilhões, queda de 50% ante o ano anterior, disse o Banco Central nesta quarta-feira
Em sinal de recuperação, os Investimentos Diretos no País (IDP) avançaram 16,5% em julho ante mesmo mês do ano passado, totalizando US$ 6,103 bilhões. O valor é maior para o mês desde 2014, quando foram registrados mais de US$ 9 bilhões.
Na mesma linha, o IDP avançou 9,7% no acumulado de 2021, a US$ 31,795 bilhões. Os números são da nota de Setor Externo, divulgada pelo Banco Central nesta quarta-feira (25).
Além do retorno de investimentos brasileiros no exterior, o IDP é formado por recursos da participação no capital e por empréstimos diretos concedidos a filiais de empresas multinacionais no país.
No ano passado, os investimentos estrangeiros no país somaram US$ 34,167 bilhões, queda de 50% ante o ano anterior. Para este ano, a expectativa do BC é de que o número acelere no segundo semestre, atingindo US$ 60 bilhões até o fim de 2021.
Contas externas
As contas externas do Brasil registraram déficit de US$ 1,584 bilhões em julho. O valor é pior que os US$ 646 milhões registrados no mesmo mês do ano passado. Por outro lado, o resultado é melhor que o rombo de US$ 9,790 bilhões registrado em 2019, pré-pandemia.
Nos primeiros sete meses do ano, o déficit das contas externas já é de US$ 8,329 bilhões, com queda de 40% em relação ao mesmo período do ano passado.
A conta de transações correntes é formada pela balança comercial, pelos serviços adquiridos por brasileiros no exterior e pelas rendas, ou seja, remessas de juros, lucros e dividendos do país para o exterior.