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    Interferir nos preços de combustíveis é “tiro no pé do governo”, diz professor da FGV

    Gesner Oliveira defende a criação de um fundo de estabilização dos preços

    Natalia Norado CNN Business*

    Nesta sexta-feira (17), a Petrobras anunciou um novo reajuste no preço dos combustíveis. A gasolina subiu 5,18%, enquanto o diesel teve acréscimo no preço de 14,26%, o que deve impactar preços de transportes e mercadorias.

    Para tentar evitar o impacto do aumento na população, o economista e professor da FGV Gesner Oliveira defende a criação de um fundo de estabilização dos preços.

    “Embora haja resistência, há vários anos muios analistas tem chamado atenção para o fato de que poderia existir um fundo de estabilização que atenuasse esse impacto”.

    O economista explica que o objetivo do fundo é diminuir o repasse dos preços para a população, principalmente o segmento de renda mais baixa que é mais afetado pela mudança.

    Paralelamente ao fundo, Oliveira defende a criação de medidas compensatórias e o reequilíbrio nos contratos de concessionárias responsáveis pelo transporte. “Isso poderia ser feito inclusive com prorrogação de contrato sem desembolso de recursos”.

    Segundo ele, intervenções na Petrobras para tentar lidar com o aumento de preços são um “tiro no pé do governo”,  maior acionista da companhia, porque geram críticas do mercado e desvalorizam a empresa.

    “Há uma série de medidas compensatórias que podem ser tomadas sem iludir a população dizendo que irão impedir o aumento do preço dos combustíveis”.

    Segundo ele, é inevitável lidar com os preços internacionais de petróleo, derivados e energia, que estão mais caros, “não adianta lutar contra um fato econômico, nós não somos uma ilha, nós temos que viver nessa realidade sob pena de pagar um preço muito mais caro lá na frente”.

    Apesar do aumento, a desfasagem com relação aos preços do mercado internacional ainda persiste, o que o economista coloca como “insustentável” porque “prejudica a Petrobras, a cadeia produtiva como um todo, prejudica a importação dos combustíveis, que é essencial para que haja um pouco mais de concorrência no mercado”.

    *Sob supervisão de Carolina Farias

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