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    Interferências devem continuar apesar de novo comando, diz economista sobre Petrobras

    Economista Adriano Pires, atual diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, foi indicado na noite desta segunda-feira pelo governo para presidir a estatal no lugar do general Joaquim Silva e Luna

    Do CNN Brasil Business*

    Interferências políticas na Petrobras têm ocorrido, apesar de nomes técnicos no comando, como Castelo Branco, Pedro Parente e, agora, Adriano Pires, que deverá enfrentar o mesmo problema, na avaliação de Gesner Oliveira, economista e professor da FGV (Fundação Getulio Vargas).

    “Não dá para ter ilusão que apenas um nome, um novo presidente, vai conseguir fazer uma mudança estrutural na empresa, sobretudo num momento em que a preocupação central é o preço dos combustíveis num ano eleitoral, ano final do governo. Não é uma situação onde há um grande projeto de mudança da empresa”, diz em entrevista à CNN nesta terça-feira (29).

    O economista Adriano Pires, atual diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, foi indicado na noite desta segunda-feira pelo governo para presidir a estatal no lugar do general Joaquim Silva e Luna. A mudança vem num momento em que Executivo e Legislativo pensam em medidas para conter a escalada de preços dos combustíveis, pressionados pela cotação internacional do petróleo.

    O novo nome agradou o mercado, por ser de um especialista reconhecido pela sua racionalidade e conhecimento do setor. “O Adriano conhece muito bem as oportunidades que o pré-sal nos oferecem, especialmente nesse momento de uma elevação no preço de energia no mundo todo”, diz Gesner.

    “Porém, mesmo com expectativas positivas, infelizmente, continua essa tensão da Presidência da República interferindo e muitas vezes fazendo confronto com o diretor de uma empresa que tem que seguir uma racionalidade econômica. Há uma tensão que continua entre postura política do governo e as  regras básicas de racionalidade econômica e governança corporativa que uma empresa de capital aberto deve ter”, diz.

    Veja entrevista completa no vídeo acima.

    *Publicado por Ligia Tuon