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    Inter reduz projeção de inflação para 5,1% e espera corte de juros em agosto

    Revisões foram feitas depois de dados do IPCA de maio serem mais fracos do que o esperado

    Nos 12 meses até maio, IPCA ficou em 3,94%
    Nos 12 meses até maio, IPCA ficou em 3,94% Tânia Rêgo/Agência Brasil

    Da CNN

    O Inter cortou sua projeção para a inflação em 2023 e afirma que há mais folga para que o Banco Central (BC) já comece a se preparar para um corte de juros nas próximas reuniões, depois de a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio, nesta manhã, mostrar uma inflação mais fraca e em rápida desaceleração.

    O IPCA variou 0,23% em maio e, em 12 meses, acumula 3,94%, depois de passar dos 12% no ano passado. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (7).

    Com os dados, o Inter reduziu sua projeção de IPCA para o fim deste ano de 5,6% para 5,1%, em linha com uma bateria de revisões feitas por economistas e analistas do mercado financeiro nesta quarta após os dados.

    “A desaceleração da inflação em ritmo acima do anteriormente previsto, devido à queda das commodities e menores preços de combustíveis e alimentos, indica que teremos menor pressão inflacionária nos próximos meses”, afirmou o banco em relatório.

    “A queda da inflação corrente e seu impacto positivo nas revisões de expectativas aumenta a pressão sobre o Banco Central para o início do corte nos juros. O IPCA trouxe uma leitura bastante benigna em todas as métricas e reacende a discussão de quando o Copom irá iniciar o ciclo de corte da Selic”.

    O Inter defende que haveria espaço “para o início dos cortes [dos juros] já na reunião de junho” do Banco Central.

    A instituição pondera, entretanto, que seria uma guinada muito brusca no discurso do BC, que manteve um tom bastante duro sobre os juros e a inflação em todos os seus últimos comunicados.

    “Nossa expectativa é que o Copom discuta a mudança de rumo da política monetária na reunião em junho e altere o comunicado abrindo espaço para o primeiro corte a partir de agosto”, afirmou o Inter em sua análise.

    O Comitê de Política Monetária (Copom), corpo do BC que define a taxa Selic, se reúne a cada 45 dias para decidir se corta, mantém ou sobe os juros básicos da economia.

    A próxima reunião do Copom será nos dias 20 e 21 de junho. O encontro de agosto, nos dias 1 e 2, é o imediatamente seguinte.

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