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    Inflação na zona do euro tem recorde em novembro, provavelmente chegando a pico

    Os preços da energia dispararam 27% em comparação com o mesmo período do ano anterior

    Carrinho com compras em supermercado de Berlim
    Carrinho com compras em supermercado de Berlim 24/03/2020REUTERS/Michele Tantussi

    da Reuters

    A inflação da zona do euro disparou à maior taxa já registrada em novembro devido ao aumento dos custos de energia, provavelmente atingindo um pico antes de uma lenta desaceleração que vai mantê-la alta por grande parte do próximo ano, mostraram dados da Eurostat nesta terça-feira (30).

    A alta dos preços ao consumidor nos 19 países que usam o euro acelerou a 4,9% em novembro sobre o ano anterior, de longe o nível mais alto nos 25 anos da série histórica, de 4,1% um mês antes e acima da expectativa de 4,5%.

    Os preços da energia dispararam 27% em comparação com o mesmo período do ano anterior, refletindo a alta dos custos do petróleo, mas a inflação de serviços e produtos industriais não relacionados a energia, um peso nos últimos anos, ficou acima de 2%, sugerindo rápido aumento nas pressões de preços.

    Embora a inflação esteja agora em mais do que o dobro da meta de taxa de 2% do Banco Central Europeu, isso não deve provocar qualquer ação de política monetária, mesmo que os dados possam desencadear pressão política sobre o BCE para que contenha o aumento dos preços.

    Há tempos o BCE argumenta que o salto da inflação é temporário, causado por uma série de fatores pontuais, e que vai enfraquecer com o tempo. Portanto, uma ação de política monetária agora seria contraprodutiva, já que prejudicaria o crescimento econômico bem quando a inflação começa a diminuir por si só.