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    Inflação menor no setor de serviços explica destaque no PIB, diz economista da CNC

    Segmento foi o principal responsável pelas altas de 1% no primeiro trimestre de 2022 e 1,7% no ano

    Inflação registrada pelo IPCA está em 12,13% nos últimos 12 meses. A do setor de serviço está em 6,9%, destaca o especialista
    Inflação registrada pelo IPCA está em 12,13% nos últimos 12 meses. A do setor de serviço está em 6,9%, destaca o especialista Elle Hughes/ Pexels

    Pedro GuimarãesRayane RochaVitória Oliveirada CNN

    no Rio de Janeiro

    A inflação mais baixa registrada no setor de serviços foi um dos motivos para o crescimento de 1% no primeiro trimestre de 2022 e de 1,7% no ano, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (02).

    É o que aponta Fábio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

    O especialista ressalta que, neste período, os preços registrados pelo segmento de serviços subiram menos do que os de outras áreas que geram bens, como agropecuária e indústria.

    “A inflação registrada pelo Índice Nacional e Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está em 12,13% nos últimos 12 meses. Já a inflação do setor de serviço está em 6,9%”, compara.

    Inflação registrada pelo Índice Nacional e Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está em 12,13% nos últimos 12 meses. Já a inflação do setor de serviço está em 6,9%

    Na contramão do desempenho favorável dos serviços, a agropecuária recuou 0,9% e a indústria nacional se manteve em estabilidade, com um acréscimo de apenas 0,1%.

    Bentes também chama a atenção para o aumento da Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira. De acordo com o especialista, essa elevação, por consequência, torna o crédito mais caro.

    Isso tende a frear a aquisição de bens, produzidos pela agricultura, pecuária e atividades industriais, segundo ele.

    “O consumo de serviço, por sua vez, não depende tanto de crédito”, avalia.

    O resultado mostra que, em valores correntes, o país totaliza um PIB de R$ 2,2 trilhões até o momento

    De acordo com o IBGE, o crescimento foi puxado, em especial, pelo avanço de cinco das sete atividades do setor de serviços. Ao todo, só a categoria acumula um montante de R$ 1,3 trilhão.

    O melhor desempenho econômico, de janeiro a março, ficou com classe de outros serviços (2,2%). Alojamento, alimentação, cultura, recreação serviços domésticos são algumas das atividades que englobam o grupo.

    O economista da CNC afirma que, apesar dos números positivos nos três primeiros meses, o cenário pode ser diferente em um futuro próximo.

    “O grande problema é mais à frente. Quando se libera recursos, como o Auxílio Brasil, o saque do FGTS e a antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas, se tende a aumentar a inflação”, ressalta.

    “No curtíssimo prazo, a liberação desses recursos é positiva. No entanto, isso cria um problema para o segundo semestre, porque não joga a favor dos preços”, afirma.