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    “Inflação do aluguel” acelera a 1,82% em janeiro; em 12 meses, alta é de 16,91%

    Em janeiro de 2021, o IGP-M havia subido 2,58% e acumulava alta de 25,71% em 12 meses; em 2021, o índice registrou alta acumulada de 17,78%

    Imóveis em São Paulo
    Imóveis em São Paulo Foto: Unsplash/Lucas Marcomini

    Ligia Tuondo CNN Brasil Business

    São Paulo

    Conhecido como “inflação do aluguel”, por ser usado para reajustar grande parte de contratos do setor, o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) subiu 1,82% em janeiro, após variar 0,87% no mês anterior, informou a FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta sexta-feira (28).

    A mediana das expectativas do mercado apontava para uma alta de 1,98%.

    Com o resultado o índice acumula alta de 16,91% em 12 meses. Em janeiro de 2021, o índice havia subido 2,58% e acumulava alta de 25,71% em 12 meses.

    Segundo o coordenador do índice, André Braz, a inflação ao produtor segue espalhada. O especialista destaca a alta verificada nos preços dos bens de investimento, que subiram 2,07% no mês, ante 0,78% em dezembro de 2021.

    Outro destaque foram os preços de materiais e componentes para manufatura, que tiveram avanço de 1,33%, após subirem 0,40% no mês passado. Por fim, Braz cita ainda o minério que, levado pela escalada do preço internacional, fechou janeiro com alta de 18,26% e respondeu por 52% do resultado do IPA.

    Vale ressaltar que o IGP-M é composto por três subíndices: o IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor – Mercado), o IPA-M (Índice de Preços ao Produtor Amplo – Mercado) e o INCC-M (Índice Nacional do Custo da Construção – Mercado).

    IPA

    O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) subiu 2,30% em janeiro, após alta de 0,95% em dezembro. Dentro desse grupo, a taxa do grupo Bens Finais variou 0,75% em janeiro, ante alta de 0,53% no mês anterior.

    A principal contribuição para esse resultado, segundo a FGV, veio do subgrupo bens de investimento, cuja taxa passou de 0,78% para 2,07%, no mesmo período.

    O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,90% em janeiro, ante 0,70% no mês anterior.

    Já a taxa do grupo Bens Intermediários passou de 1,02% em dezembro para 1,05% em janeiro, levada, sobretudo, pelo subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cujo percentual passou de 0,40% para 1,33%.

    O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 1,26% em janeiro, contra 0,74% em dezembro.

    O estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 4,95% em janeiro, ante 1,22% em dezembro. Para esse avanço, a FGV destaca como responsáveis alguns itens: minério de ferro (-0,52% para 18,26%), soja em grão (-1,03% para 4,05%) e milho em grão (-2,68% para 5,64%). Em sentido oposto, destacam-se os itens bovinos (11,69% para 1,94%), café em grão (12,52% para 1,92%) e suínos (3,20% para -12,39%).

    IPC

    O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) mostrou desaceleração de dezembro para janeiro, indo de 0,84% para 0,42%. Nesse índice, quatro dos oito componentes registraram queda em suas taxas no período.

    A principal contribuição para esse movimento veio do grupo Transportes (1,26% para -0,17%), destaca a FGV. “Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou de 2,24% em dezembro para -1,62% em janeiro”, diz a instituição no estudo.

    Outros grupos destacados pelas quedas foram Habitação (1,09% para 0,33%), Educação, Leitura e Recreação (1,80% para 0,94%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,17% para 0,07%).

    Sobre essa última classes de despesa, a instituição destaca: tarifa de eletricidade residencial (3,11% para -0,69%), passagem aérea (11,52% para -6,63%) e plano e seguro de saúde (0,16% para -0,29%)”.

    Do lado das altas, estão os grupos Alimentação (0,54% para 1,15%), Vestuário (0,61% para 1,17%), Comunicação (0,05% para 0,13%) e Despesas Diversas (0,13% para 0,14%).

    “Nestas classes de despesa, destacaram-se os seguintes itens: hortaliças e legumes (-3,07% para 4,44%), roupas (0,58% para 1,29%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,11% para 0,42%) e cigarros (0,20% para 0,98%)”, diz o estudo.

    INCC

    O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) variou 0,64% em janeiro, ante 0,30% em dezembro.

    “Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de dezembro para janeiro: Materiais e Equipamentos (0,48% para 1,05%), Serviços (0,57% para 1,28%) e Mão de Obra (0,10% para 0,14%)”.