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    Inflação de outubro deve ficar em 0,5%, segundo economista da FGV

    André Braz estima que alta dos alimentos e perda de fôlego da queda dos combustíveis vão interromper série de deflação

    Segundo o economista da FGV, os efeitos da limitação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e das reduções da Petrobras cessaram
    Segundo o economista da FGV, os efeitos da limitação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e das reduções da Petrobras cessaram José Cruz/Agência Brasil

    Pauline Almeidada CNN em Rio de Janeiro

    Outubro deve interromper a série de três meses seguidos de deflação no Brasil, segundo a expectativa do coordenador do Índice de Preços ao Consumidor do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), André Braz.

    O economista prevê que a variação fique em 0,5%, impulsionada pelo preço dos alimentos.

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o resultado oficial da inflação de outubro às 9h desta quinta-feira (10).

    Braz aponta que boa parte dos grupos pesquisados pelo IBGE deve registrar variação positiva. O de transportes, que vinha puxando a deflação entre julho e setembro, por meio da queda dos combustíveis, deve ter aumento de 0,6%.

    Segundo o economista da FGV, os efeitos da limitação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e das reduções da Petrobras cessaram. A gasolina, por exemplo, está na quarta semana de alta, segundo o último boletim da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), com média nacional de R$ 4,98.

    Já a alimentação deve subir 0,7%, com avanço de 0,76% dentro do domicílio e 0,54% fora. Braz aponta que o crescimento deve vir especialmente os alimentos in natura, comumente comprados em feiras.

    “Normalmente, os destaques vão para raízes e tubérculos e algumas frutas. Tomate deve subir algo em torno de 15%; batata-inglesa, algo em torno de 25%; cebola, algo em torno de 9%; limão deve subir em torno de 20%. São aumentos pontuais ditados pelo clima”, explica.

    Braz ainda prevê aumento de 0,26% em habitação, 0,77% em vestuário, além de 0,97% em saúde e cuidados pessoais. Apenas o segmento de comunicação deve registrar queda, em torno de 0,65%.

    O IPCA registrou deflação em julho (-0,68%), agosto (-0,36%) e setembro (-0,29%). O IPCA-15 de outubro, considerado a prévia do mês, já mostrou uma reversão dessa tendência, com alta de 0,16%.

    Nesta semana, o boletim Focus fez uma revisão da inflação de 2022, com ligeira alta. A expectativa foi para 5,63%, enquanto na semana anterior, era de 5,61%.