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    Indústria tem queda inédita em abril e trabalha a 49% da capacidade, diz CNI

    As retrações recordes de abril se dão após o recorde anterior, apurado em março, de acordo com sondagem da entidade

    foto-arquivo-agencia-brasil

    Amargando os impactos da crise do novo coronavírus na economia, a atividade da indústria brasileiro registrou uma queda sem precedentes em abril, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). 

    Dados da Sondagem Industrial da CNI divulgados nesta quarta-feira (20) apontaram que os índices de nível de produção e de número de empregados registraram no mês passada as quedas mais intensas da série mensal.

    O nível da utilização da capacidade instalada (UCI) também caiu aos menores níveis desde pelo 2011, em um momento em que a ociosidade da indústria já vinha acomodada em níveis altos: em abril, a indústria trabalhou com apenas 49% de sua capacidade, ou seja, mais da metade da capacidade instalada das empresas está ociosa. Em abril do ano passado, este nível era de 66%. 

    A evolução da produção ficou em 26 pontos em abril, ante os 33,3 pontos registrado em março – quando o índice já tinha apresentado forte contração. Pela metodologia da pesquisa, valores acima de 50 pontos indicam aumento da produção e abaixo, queda da produção, com a queda sendo maior quanto mais distante o número da linha do 50.

    “A queda de intensidade e disseminação recordes de abril se dá após o recorde anterior, apurado em março”, aponta a CNI. O índice de evolução da produção em abril de 2019 ficou em 49,6 pontos.

    Já o índice de evolução do número de empregados registrou 38,2 pontos, ante 44,6 de março. Em abril de 2019, o dado era de 48,8 pontos.

    O índice de UCI efetiva em relação ao usual, que procura medir o quão a atividade industrial está aquecida, recuou para 23,9 pontos em abril.

    Pessimismo

    Segundo a pesquisa, a maioria dos índices de expectativas registrou melhora em maio. Mesmo assim, os números seguem negativos. O índice de expectativa de demanda, por exemplo, subiu 3,2 pontos, para 35,1. Apesar da ligeira melhora, o dado ainda fica bem abaixo da linha divisória de 50 pontos. “Ou seja, a expectativa é de queda na demanda”, aponta a CNI.

    Já o índice de expectativa de número de empregados cresceu 2,9 pontos, para 38,1 em maio. Ainda segundo a entidade, o índice de intenção de investir praticamente não se alterou em maio, após a forte queda de abril. “O indicador havia recuado de 58,3 pontos em março, para 36,7 pontos, em abril e agora encontra-se em 36,9 pontos”, registra.

    *Com Estadão Conteúdo