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    Indústria cresce 7,0% em maio, mas segue no 2º patamar mais baixo da história

    Mesmo com o desempenho positivo, o total da indústria ainda se encontra 34,1% abaixo do nível recorde, alcançado em maio de 2011

    Paula Bezerra, do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    A produção industrial no Brasil cresceu 7,0% em maio quando comparado ao mês de abril. A alta, porém, foi insuficiente para reverter a queda acumulada de 26,3% registrada nos dois meses anteriores, reflexo da pandemia do novo coronavírus. É o que mostra a Pesquisa Industrial Mensal divulgado pelo IBGE na manhã desta quinta-feira (02). O quadro de retração fez com que o setor mantivesse o segundo patamar mais baixo da história da Pesquisa Industrial Mensal – sendo que o menor nível foi registrado em abril. 

    “A partir do último terço de março, várias plantas industriais foram fechadas, sendo que, em abril, algumas ficaram o mês inteiro praticamente sem produção, culminando no pior resultado da indústria na série histórica da pesquisa”, diz André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE. “O mês de maio já demonstra algum tipo de volta à produção, mas a expansão de 7,0%, apesar de ter sido a mais elevada desde junho de 2018 (12,9%), se deve, principalmente, a uma base de comparação muito baixa.”

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    Mesmo com o desempenho positivo, o total da indústria ainda se encontra 34,1% abaixo do nível recorde, alcançado em maio de 2011. 

    Efeito coronavírus

    Em maio, comportamento positivo da produção foi disseminado, devido principalmente ao aumento do ritmo produtivo após a intensificação das paralisações em diversas plantas industriais devido à pandemia de Covid-19.

    Férias coletivas, paralisações, demanda menor e isolamento social para evitar a propagação do novo coronavírus atingiram cheio a atividade econômica do país.

    Todas as grandes categorias econômicas registraram aumento da produção em maio, com destaque para os aumentos de 92,5% em bens de consumo duráveis e de 28,7% de bens de capital.

    A produção de bens de consumo semiduráveis e não duráveis subiu 8,4%, e a de bens intermediários teve alta de 5,2% no mês.

    Já entre os ramos pesquisados 20 de 26 aumentaram, com as influências positivas mais relevantes sendo veículos automotores, reboques e carrocerias (244,4%); coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (16,2%); e bebidas (65,6%).

    A confiança do setor industrial vem mostrando melhora, tendo registrado em junho o maior salto da série histórica do levantamento realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

    O mercado prevê que a economia brasileira vai encolher 6,54% este ano, com a produção industrial retraindo 6%, segundo a mais recente pesquisa Focus do Banco Central.

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    * Com Reuters