Índice de confiança avançou em quase todos os setores industriais, aponta CNI
Pela primeira vez, desde fevereiro de 2020, todos os setores avaliam de maneira positiva ou neutra as condições atuais da economia brasileira
O empresariado da indústria vem melhorando sua confiança nos últimos meses, de acordo com estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado nesta quinta-feira (22) .
De acordo com o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) – Resultados Setoriais, em setembro de 2022, o índice de confiança avançou em quase todos os setores industriais, em todas as cinco regiões do Brasil e em todos os portes de indústria (pequenas, médias e grandes empresas).
Este mês foi a primeira vez, desde fevereiro de 2020, que todos os setores analisados avaliam de maneira positiva ou neutra as condições atuais da economia brasileira, na comparação com os seis meses anteriores.
Houve avanço da confiança em 27 de 29 setores industriais. A confiança caiu nos setores Biocombustíveis (-2,1 pontos) e Veículos automotores (-1,2 ponto).
O avanço teve grande contribuição do componente relativo às condições atuais da economia brasileira, de acordo com a Confederação. Com exceção do setor Veículos automotores, reboques e carrocerias, a avaliação das condições atuais da economia brasileira avançou em todos os setores industriais.
Além disso, os três setores industriais que avaliavam que a economia estava piorando em ICEI em agosto – Metalurgia, Biocombustíveis e Móveis – fizeram uma transição e passaram a avaliar que as condições correntes da economia brasileira se mantiveram estáveis ou melhoraram.
Segundo Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, a pesquisa mostra que os empresários de todas as regiões do país estão confiantes. “Todos os setores pesquisados, sendo eles da indústria da transformação, da construção e da indústria extrativa, estão compartilhando desse cenário positivo. A confiança aumentou nessa passagem de agosto para setembro muito pela avaliação dos empresários com relação aos seus negócios e à economia brasileira, na comparação com os últimos seis meses”, explica.
Ainda de acordo com Azevedo, também houve uma melhora nas expectativas para os próximos seis meses, o que ajudou a aumentar a confiança de um modo geral. “Essa confiança alta e disseminada em todos os setores é muito importante. Esses empresários confiantes tendem a aumentar a produção, a contratação e o investimento, o que não acontece quando a confiança está baixa”, conclui.
A confiança avançou em todos os portes de empresa do setor industrial: pequenas empresas (+5,7 pontos), médias empresas (+5,5 pontos) e grandes empresas (+6,2 pontos). Avançou também em todas as regiões do Brasil. Nas regiões Norte e Nordeste, entretanto, a magnitude do aumento foi menor que nas demais regiões.
As regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste tiveram avanços de confiança de, respectivamente, 3,6 pontos, 3,0 pontos e 2,9 pontos. Já as regiões Norte e Nordeste registraram avanços de 1,7 ponto e 1,4 ponto, respectivamente. A indústria permanece confiante em todas as regiões do Brasil.
