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    Indicador de inflação nos EUA avança 5,8% em 2021, maior alta em quase 40 anos

    Índice PCE é usado como referência pelo Federal Reserve para planejamento de política monetária

    Anneken Tappedo CNN Business*

    O Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE, em inglês) subiu 5,8% entre dezembro de 2020 e dezembro de 2021, a maior alta desde 1982, segundo dados divulgados pelo Centro de Análises Econômicas dos Estados Unidos nesta sexta-feira (28).

    O indicador é usado como referência pelo Federal Reserve, banco central norte-americano, para as metas de inflação no país. Outro índice inflacionário, o IPC, subiu 7% em 2021, também registrando a maior alta desde 1982.

    Só os preços da energia subiram quase 30% ao longo de 2021, enquanto os preços dos alimentos subiram 5,7%.

    Excluindo esses dois componentes, o núcleo do índice – que é a medida de inflação preferida do Federal Reserve – subiu 4,9% nos 12 meses até dezembro. Esse foi o aumento de preço mais rápido para essa medida desde 1983.

    Em dezembro, o PCE avançou 0,4%, e o núcleo do índice subiu 0,5%, em linha com o esperado pelo mercado, com a escassez causada pela sobrecarga nas cadeias de suprimentos mantendo a inflação elevada. A alta foi menor que os 0,6% em outubro e novembro. O núcleo de preços avançou no mesmo valor de novembro.

    Enquanto os preços subiram, o mesmo aconteceu com a renda americana – embora em um ritmo mais lento. A renda pessoal aumentou 0,3%, ou US$ 70,7 bilhões, em dezembro, enquanto a renda disponível aumentou 0,2%, ou US$ 49,9 bilhões.

    Já os gastos dos consumidores caíram em dezembro, sugerindo que a economia perdeu velocidade no início de 2022 em meio a interrupções nas cadeias de suprimentos e surtos de infecções por Covid-19.

    O Departamento do Comércio informou que os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos Estados Unidos, caíram 0,6% no mês passado, após alta de 0,4% em novembro. Economistas consultados pela Reuters previam recuo de 0,6% nos gastos do consumidor.

    *Com informações da Reuters

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