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    Incertezas sobre Brasil pesam mais que crise internacional e derrubam mercado

    Esta terça-feira (17) promete ser agitada com as atenções voltadas para a votação na Câmara dos Deputados do PL da reforma do Imposto de Renda

    Abertura de Mercado
    Abertura de Mercado Foto: CNN

    do CNN Brasil Business*

    O noticiário desta segunda-feira (16) foi tomado pela cobertura internacional do drama vivido no Afeganistão. E a crise afegã e o reaparecimento da ameaça terrorista acionou preocupações no cenário para saída da pandemia, mas não provocaram efeitos no mercado financeiro. A desaceleração da China foi mais relevante para os investidores.

    A movimentação no tabuleiro geopolítico gera implicações que podem afetar o Brasil mesmo que indiretamente, assim como as economias internacionais. Nesta questão, vale se atentar para dois pontos. Um deles é a relação entre o Afeganistão e a China, como explica no episódio desta terça-feira (17) o analista de internacional da CNN Brasil, Lourival Sant´Anna. O outro seria o impacto sobre o governo Joe Biden, nos Estados Unidos, e as eleições de 2022 por lá.

    Mas o mercado não se assustou com a crise afegã ou o duro discurso do presidente norte-americano Joe Biden. Se assustou foi com o resultado das vendas do varejo e da produção industrial da China. Lembrando que se a economia chinesa desacelerar, o mundo todo vai freando atrás. E isso pode gerar um custo altíssimo para todos os países.

    Mas a queda da bolsa para o patamar dos 119 mil pontos e o dólar fechando a R$ 5,28 não se deu apenas por esses fatores. Tem a contribuição das crises brasileiras, com fontes muito diferentes. O menu de opções tem reforma tributária, a PEC dos precatórios, crise entre os poderes, o risco populista, a inflação em alta, juros subindo e o crescimento de 2022. Com investidores e gestores se preocupando em diferentes graus com cada uma delas.

    Hoje o relatório Focus, do Banco Central, traz mais uma alta para a inflação de 2022, agora em 3,90%. E a estimativa para o PIB caiu um pouco também. Isso sinaliza que o tom mais duro do BC nas decisões e na fala do presidente da instituição, Roberto Campos Neto, não surtiram efeitos.

    Os agentes econômicos precisam acreditar que o BC vai ser capaz de levar a inflação para a meta e vai tomar as decisões importantes. E ainda que precisa de um remédio mais amargo, que vai segurar um pouco o crescimento da economia.

    A Aneel, por exemplo, está tentando de tudo para evitar um reajuste de dois dígitos nas tarifas de energia do ano que vem. Mas para isso, temos que contar com as chuvas e com a sorte.

    Nesta terça-feira (17) as atenções estão voltadas para a votação na Câmara dos Deputados do Projeto de Lei (PL) de reforma do Imposto de Renda, mas esse assunto ainda pode render muito ao longo do dia, já que, se de um lado, o presidente da casa, Arthur Lira (PP-PA), vai fazer de tudo para que essa votação ocorra em plenário, de outro, o relator, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), diz que não há parecer novo do PL, pois não se encontra consenso. 

    Neste episódio do Abertura de Mercado, a comentarista de economia da CNN Thais Herédia ouve especialistas sobre esses e outros temas que mexem com a economia e influenciam o mercado.

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    *Texto publicado por Ana Carolina Nunes