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    Incentivo do governo à renovação da indústria deve envolver R$ 14 bi até 2025

    De olho no fiscal, governo ainda não bateu martelo sobre cifra e setores beneficiados; gestão vê potencial para modernizar parque industrial

    Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF)
    Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF) Roberto Jayme/Estadão Conteúdo - 25.mar.2006

    Danilo Moliternoda CNN

    São Paulo

    O programa de depreciação superacelerada do governo deve custar R$ 7 bilhões anuais entre 2024 e 2025. A gestão tenta fechar o desenho do incentivo até o fim deste ano, segundo apuração da CNN.

    A depreciação acelerada é um benefício fiscal que incentiva a renovação ou modernização de instalações e equipamentos. Isso ocorre a partir da diminuição do prazo para abater a depreciação do ativo da base de cálculo de IRPJ e CSLL.

    O incentivo não configura renúncia fiscal, mas uma mudança no fluxo, com a arrecadação jogada para frente. O Orçamento de curto prazo é impactado, por isso o governo ainda não bateu o martelo sobre os valores.

    A gestão federal tem a meta de zerar o déficit primário em 2024 e aguarda o andamento de medidas arrecadatórias no Congresso Nacional para “pôr pontos nos is” do Orçamento.

    A cifra destinada ao programa vai definir o número de setores beneficiados. Inicialmente, era discutido valor entre R$ 3 bilhões e R$ 15 bilhões. No melhor dos cenários, cinco setores seriam beneficiados; no pior, apenas a indústria de transformação.

    Confira os cenários:

    1. Indústria de transformação, utilidades (saneamento, eletricidade, gás, etc.), construção, transporte e telecomunicações;
    2. Indústria de transformação, utilidades, transporte e telecomunicações;
    3. Indústria de transformação, utilidades e transporte;
    4. Indústria de transformação, utilidades e telecomunicações;
    5. Indústria de transformação

    O governo vê potencial no incentivo para modernizar o parque industrial do Brasil. O programa faz parte da “industrialização verde”, que planeja a gestão, a medida que traz competitividade, mas também maquinário de maior eficiência energética.

    A depreciação acelerada é uma demanda antiga da indústria e vem sendo articulada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços junto a entidades e federações desde o primeiro semestre.

    O setor vê o programa como vital para sua atividade a partir do ano que vem.

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