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    iFood pretende eliminar emissão de carbono até 2025 com veículos elétricos

    A startup também vai investir em pesquisa e desenvolvimento de embalagens sustentáveis, além de projetos de preservação ambiental e reflorestamento

    Foto: iFood/Reprodução

    Tamires Vitorio, do CNN Brasil Business, em São Paulo

    A foodtech iFood anunciou nesta quinta-feira (25) um plano ambicioso batizado de Regenera que pretende eliminar completamente as emissões de carbono da companhia até 2025.

    Em um comunicado enviado ao CNN Brasil Business, a empresa afirmou que, para cumprir a meta, “irá contar com diversas iniciativas, dentre elas, o investimento em veículos elétricos, pesquisa e desenvolvimento de embalagens sustentáveis e parcerias com cooperativas de reciclagem para ampliar sua capacidade produtiva e melhorar a renda dos cooperados”. 

    A ideia é “mensurar, reduzir e neutralizar” todas as emissões dos gases do efeito estufa, tendo como primeiro passo a expertise da empresa de tecnologia Moss.Earth, que criou um inventário sobre as emissões de todas as entregas realizadas pela foodtech em 2020. Ao todo, foram emitidas 128 mil toneladas de CO2 — a neutralização delas, segundo o iFood, será feita por meio de “investimento em projetos de preservação ambiental e reflorestamento”. 

    “Sabemos que apenas a compensação não é suficiente. É preciso pensar em formas inovadoras de reduzir as emissões de CO2″, diz Gustavo Vitti, vice-presidente de Pessoas e Soluções Sustentáveis no iFood.

    Outra ação do projeto foi o lançamento do iFood Pedal, em parceria com a Tembici. O projeto oferece planos acessíveis para o aluguel de bikes elétricas pelos entregadores e, atualmente, mais de 2 mil profissionais estão cadastrados e compartilham 1.000 bikes elétricas em São Paulo e no Rio de Janeiro.

    “Para que 50% dos pedidos sejam entregues em modais não poluentes até 2025, outra parceria importante é com a montadora Voltz, empresa especializada em motos elétricas. O projeto-piloto, que terá início em abril, contará com 30 motos elétricas que serão testadas pelos entregadores e, após esse período, a expectativa é ter mais de 10 mil motos circulando nos próximos 12 meses. Para estimular o uso do modal, o iFood está desenvolvendo parcerias para criar uma linha de crédito especial para entregadores parceiros”, diz a empresa. 

    Para reduzir a emissão também nos escritórios, os locais também passaram a fazer o “uso racional de recursos, reutilizando água e terão fontes de energia mais limpa”. Também está prevista a criação de uma telhado verde na sede do iFood em Osasco (SP). A ideia é que ali seja cultivada uma horta, e que os moradores do entorno possam levar para casa alguns vegetais

    O iFood pretende investir em melhorias nas estruturas e nos maquinários de cooperativas, além de investir na construção de uma nova central de triagem semi-mecanizada, em São Paulo, que tem potencial para aumentar as taxas de reciclagem na cidade e a renda dos cooperados. Uma ambição e tanto. 

    A empresa já faz iniciativas do tipo como com o projeto “Já Fui Bag”. “Desde 2019, destinamos corretamente mais de 80 toneladas destes materiais, num modelo de projeto “zero aterro”. Mesmo sendo materiais de difícil reciclagem, as bags ainda ganham nova utilização como sacolas de mercado. Algumas destas sacolas já estão sendo utilizadas nos pedidos de delivery substituindo sacolas plásticas de mercados em São Paulo”, informa Vitti. 

    Plástico

    Além disso, a startup quer acabar com a poluição provocada pelo uso de materiais de plástico. Desde o ano passado, os consumidores já podem optar por receber ou não talheres e outros utensílios de plástico em suas entregas. 

    “O primeiro passo é apresentar soluções no aplicativo para incentivar os consumidores a terem hábitos mais sustentáveis, oferecendo a escolha de não receberem talheres plásticos e outros itens descartáveis. Também no app, a empresa criou um selo para reconhecer as boas práticas ambientais dos restaurantes cadastrados no iFood”, afirma a empresa. 

    O iFood Regenera quer desenvolver e impulsionar embalagens feitas de matérias-primas de fontes renováveis, como, por exemplo, o papel. 

    “A pandemia nos apresentou novas responsabilidades. Precisávamos usar ainda mais nossas ferramentas, nosso potencial de inovação, e promover soluções transformadoras que revertam os impactos socioambientais típicos de uma operação de delivery”, afirma. “O iFood Regenera chegou com o objetivo de ir além da eliminação do plástico e neutralização do CO2, queremos devolver para o meio ambiente mais do que consumimos dele”,  complementa o executivo.