Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    ‘Horário de verão representa aumento do faturamento’, diz presidente da Abrasel-RJ

    Pesquisadores falaram sobre a crise hídrica enfrentada pelo Brasil

    Da CNN

    Em São Paulo

    Em entrevista à CNN neste domingo (5), o presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) no Rio de Janeiro, Pedro Hermeto, afirmou que o horário de verão representa um aumento expressivo do faturamento dos estabelecimentos. Juntamente com Nivalde Castro, professor da (UFRJ) Universidade Federal do Rio de Janeiro e coordenador do grupo de estudos do Setor Elétrico, ele falou sobre a crise hídrica que o país vive.

    “Estamos em um momento de retomada. A gente vem saindo gradualmente do buraco. Temos a preocupação com a escassez de mão de obra. A população já está imunizada ou em vias de, e assim fica mais segura e confortável para sair às ruas e voltar a frequentar os estabelecimentos. Isso aumenta a demanda, o que significa que precisamos regionalizar nossa mão de obra interna”, avaliou Hermeto.

    E continuou: “Acho que a retomada do horário de verão se coaduna muito bem com o aspecto da crise hídrica, e do nosso lado, na questão da retomada, representa uma hora a mais na retomada de faturamento um pouco mais expressivo, na medida em que as pessoas tendem a sair do trabalho e ir para o happy hour. Essa hora que seria acrescida de luz, pela nossa experiência, representa um aumento expressivo do faturamento.”

    No início do mês, empresários brasileiros do setor de turismo e alimentação enviaram um pedido ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), pedindo o retorno do horário de verão no país, extinto em 2019. A carta que tenta a reconsideração da medida contou com a assinatura de pelo menos 15 entidades, como Abrasel e a Unecs (União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços).

    Na avaliação do professor Nivalde Castro, a crise hídrica não se deve à falta de planejamento do governo federal, e sim por não ter percebido antes a gravidade da crise. “A falta de chuvas já vinha se manifestando desde janeiro e fevereiro. Deveríamos ter tomado medidas de redução de consumo, porque a diminuição de demanda só foi tomada agora, em 1º de setembro, dando bônus para a indústria e para quem conseguir reduzir o consumo.”

    Segundo Castro, se continuar chovendo e não tiver mais como ampliar a oferta de energia, a previsão é que haja cortes já no mês de outubro. “Mas não é o dia todo. Vai faltar energia no horário de pico. Então, talvez aí, pela nota técnica da ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) já para outubro nós tenhamos cortes seletivos. Não um apagão, mas um corte.”