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    Hapvida retoma cirurgias e consultas eletivas e eleva geração de caixa na crise

    Empresa de planos de saúde com modelo verticalizado cresceu no segundo trimestre com ou sem a incorporação de grupos adquiridos

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    Foto: Divulgação/Leon Rodrigues/Secom

    A empresa de planos de saúde e odontológicos Hapvida (HAPV3) teve um lucro líquido de R$ 278,6 milhões no segundo trimestre, uma expansão de quase 25% sobre o mesmo período do ano passado. O resultado foi impulsionado por aquisições e controle de despesas.

    A companhia, que trabalha com o modelo verticalizado (ou seja, possui rede própria de atendimento, como hospitais e clínicas, sem precisar de rede conveniada) e passou a expandir sua atuação para além das regiões Nordeste e Norte por meio de compras de redes de hospitais e clínicas, apurou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 607,8 milhões. Foi mais que o dobro do obtido um ano antes. Essa é uma métrica que sinaliza a geração de caixa operacional.

    Em termos ajustados, excluindo as aquisições, o lucro recuou 20,5%, mas o Ebitda viu um avanço de 46,4%.

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    Os resultados vieram em linha com as estimativas de analistas: eles esperavam um lucro líquido de R$ 276,5 milhões e um Ebitda de R$ 616,3 milhões, segundo dados da Refinitiv.

    A Hapvida afirmou no balanço que desde o início de junho começou a “endereçar” a carteira de cirurgias eletivas que tinham sido adiadas em razão da epidemia de coronavírus e que mais de 90% delas, excluindo as regiões onde elas ainda são desaconselhadas pelas autoridades, já foram realizadas “sem impactos em nossas operações”.

    Segundo a empresa, os atendimentos eletivos apresentam recuperação desde maio e “já estão próximos ao equivalente a 90% dos níveis históricos”.

    O grupo afirmou ainda que o mercado de saúde suplementar no país segue com tendência de consolidação e que está preparado para aproveitar oportunidades de negócios no setor.

    Número de beneficiários

    A Hapvida encerrou o segundo trimestre com 3,5 milhões de beneficiários na área de saúde, com um aumento de 45% na comparação com o mesmo período do ano passado. A empresa contou com a incorporação de 852 mil beneficiários decorrentes da aquisição do Grupo São Francisco.

    Excluindo o efeito das aquisições de outros grupos, a Hapvida teve uma perda líquida de 36 mil beneficiários na comparação com o mesmo período de 2019. 

    Metade da perda se deu em planos coletivos, com impacto de cancelamentos de dois contratos corporativos e de demissões em decorrência da pandemia; e a outra metade foi de planos individuais, devido ao aumento dos cancelamentos e a redução de venda de novos planos.

    (Com Reuters)

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