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    Haddad nega conversa com Lula sobre descontos para eletrodomésticos: “Não houve nenhuma demanda”

    Lula havia sinalizado desejo de baixar impostos da chamada “linha branca”; segundo o ministro, as pautas do encontro foram Desenrola e Orçamento de 2024

    Fernando Haddad, ministro da Fazenda
    Fernando Haddad, ministro da Fazenda Foto: Diogo Zacarias / MF

    Danilo Moliternoda CNN

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou em entrevista a jornalistas nesta sexta-feira (14) ter conversado com o presidente Lula (PT) sobre a possibilidade de conceder descontos para eletrodomésticos.

    “Não falamos, não [sobre o assunto]. Não houve encomenda nenhuma para nós, nem sei se haverá, para falar a verdade. Não falamos disso, até achei que ele poderia tocar no assunto. Não houve nenhuma demanda”, disse,

    Lula havia sinalizado em cerimônia na quarta-feira (12) desejo de baixar os impostos da chamada “linha branca” de eletrodomésticos, como geladeira, máquina de lavar e televisão.

    Haddad se reuniu com o presidente Lula na manhã desta sexta-feira. Segundo o ministro, as pautas do encontro foram Desenrola — programa de renegociação de dívidas que começa na próxima segunda-feira (17) — e Orçamento de 2024.

    Sobre o Desenrola, Haddad explicou quais serão seus primeiros passos. O programa estava previsto para começar em setembro. Mas o governo decidiu antecipar as renegociações para os devedores com renda de até R$ 20 mil.

    Para estimular as instituições financeiras, o governo vai reconhecer antecipadamente seus créditos tributários. Em troca, os bancos deverão “desnegativar” cerca de 1,5 milhão de pessoas que devem até R$ 100,00 e estão com o nome sujo.

    “Um pressuposto do programa é que o credor que aderir ao Desenrola vai ter que perdoar essa dívida [de até R$ 100] e ‘desnegativar’ aquele CPF”, reiterou.

    A renegociação vai ser boa para os dois lados: para quem deve, que poderá acessar condições melhores de refinanciamento, e para os bancos, que poderão melhorar os balanços e liberar recursos para novos créditos. As condições valem apenas para dívidas contraídas até 31 de dezembro de 2022.