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    Haddad diz que BB não tomará risco ao financiar exportação para a Argentina

    Ministro da Economia diz que quer reestabelecer uma linha de crédito para Argentina e que vai ser mais "radical" na integração dos países

    Diego Mendesda CNN

    São Paulo

    O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (23), em uma coletiva de imprensa em Buenos Aires, que o Banco do Brasil não tomará risco ao financiar exportação para a Argentina.

    Anteriormente, ele havia afirmado que o novo plano de financiamento das exportações do Brasil para a Argentina teria o Banco do Brasil como agente que emitirá as cartas de crédito.

    Segundo Haddad, o acordo visa ter um fundo garantidor, que é soberano e que vai garantir as cartas de crédito emitidas pelo BB para os exportadores brasileiros. “Nem o banco argentino, que tiver financiando um importador, nem o Banco do Brasil, que estiver garantindo o exportador, estão envolvidos num risco. Por isso que estamos negociando com a Argentina, um sistema de garantias da Argentina para o Brasil”.

    Para o ministro, a intenção é restabelecer uma linha de crédito para a Argentina, mas primeiramente precisa estabelecer uma espécie de fundo garantidor que permita alongar os prazos de financiamento das exportações.

    “Temos uma equipe no Ministério da Fazenda que está dedicada a encontrar uma fórmula que dê garantia, não apenas para os exportadores, mas também para o Brasil e para o Banco do Brasil – que vai financiar as exportações por emissão de carta de crédito”, explicou o Ministro.

    Haddad disse que falou a Sérgio Massa, ministro da Economia da Argentina, que precisam encontrar uma solução para essa equação. “Nós não temos nenhuma dificuldade em enxergar patamares de financiamento que permitam a Argentina estabelecer e respeitar os seus compromissos firmados e conseguir endereçar os seus problemas de curto prazo”, declarou

    Referente ao tempo em que isso pode acontecer, Haddad destacou que está vendo esse acordo como uma obrigação histórica e pretende recolocar o debate de uma integração.

    “Do meu ponto de vista, [a negociação] deveria ser um pouco mais radical do que foi tentado até aqui. Eu acho que o Mercosul foi uma grande iniciativa, mas eu penso que chegou o momento da gente ser mais ambicioso nas nossas pretensões regionais”.

    Bancos

    Os bancos puxaram o Ibovespa para baixo nesta segunda-feira, com suas ações registrando fortes quedas.

    O Banco BTG Pactual fechou em queda de 5,29%, sendo cotado a R$ 10,75. O Banco Santander caiu 4,31%, valendo R$ 13,33. Banco Bradesco também teve resultado negativo, fechando com queda de 3,19% no valor de R$12,45.

    O Banco do Brasil teve o melhor desempenho, com queda de 0,75%, mas chegou a -1,1% logo após a fala de Haddad. Segundo dados da TradeMap, no ano de 2023, as ações do BB tiveram o melhor desempenho com valorização de 14,51%.

    Confira as entrevistas completas nos vídeos acima.