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    Haddad diz que Câmara está com “muitos poderes” mas que não podem ser utilizados para humilhar Senado e Executivo

    Ministro defendeu a necessidade de moderação na relação entre os poderes

    Ministro da Fazenda disse que a Câmara não pode utilizar protagonismo para humilhar o Senado Federal e o Executivo
    Ministro da Fazenda disse que a Câmara não pode utilizar protagonismo para humilhar o Senado Federal e o Executivo 28/02/2023REUTERS/Adriano Machado

    Cristiane Nobertoda CNN

    em Brasília

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a Câmara dos Deputados está com “poder muito grande” e que em sua trajetória política em Brasília “nunca viu nada parecido”.

    O chefe da pasta ainda defendeu a necessidade de moderação na relação entre os poderes, e que a Câmara não pode utilizar esse protagonismo para humilhar o Senado Federal e o Executivo.

    “A Câmara está com um poder muito grande e não pode usar esse poder para humilhar o Senado e o Executivo. Mas estão com muito poder mesmo, não vi isso em nove anos que passei aqui entre governo Lula e Dilma. Nunca vi nada parecido. Penso que tem que haver uma moderação, que precisa ser construída”, afirmou Haddad em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo, gravada na última sexta-feira (11) e divulgada nesta segunda-feira (14).

    Haddad ainda reconheceu que há dificuldades em andar com as pautas do Executivo na Câmara, mas que a equipe de governo está “conseguindo encontrar um caminho”. Ele também ponderou o diálogo, sobretudo porque há rotatividade nos cargos eletivos.

    “O bom da democracia é que a pessoa não vai ter esse poder para sempre, a instituição pode ter, mas você não sabe na mão de quem ela (instituição) vai estar daqui com dois, quatro, 10 anos”, disse.

    Ao ser questionado sobre a boa relação com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Haddad afirmou que começou na época da transição, quando o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) precisava entregar as contas para o novo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Ele disse que fez “uma equação política” e procurou dialogar com todos os atores.

    No entanto, admitiu que há “debates acalorados” entre os dois. “Existem divergências. Às vezes acontecem debates acalorados, tem momentos”, afirmou.

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    Publicado por Amanda Sampaio, da CNN.