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    Haddad contraria parlamentares e insiste em debate do aumento da tributação sobre renda, dizem auxiliares

    Pelo menos dois temas serão apresentados em agosto com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), enquanto o restante ficará para outubro, após a tramitação da reforma tributária no Senado

    Raquel Landimda CNN , São Paulo

    Auxiliares do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem ouvido insistentes conselhos de deputados e senadores para postergar o debate do aumento da tributação sobre a renda, mas o chefe da equipe econômica está decidido a insistir. 

    Pelo menos dois temas serão apresentados em agosto com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), enquanto o restante ficará para outubro, após a tramitação da reforma tributária no Senado.

    Um dos temas impacta a tributação dos fundos exclusivos e o fim dos juros sobre capital próprio (JCP), que é hoje uma das principais maneiras remuneração dos acionistas das empresas, junto com dividendos.

    Também já está na Câmara dos Deputados o texto sobre a tributação das empresas offshore, enviado junto com o reajuste na tabela do Imposto de Renda (IR).

    Haddad não quer esperar mais porque precisa apresentar uma LDO com o compromisso de zerar o déficit do próximo ano.

    Essa foi a meta apresentada pelo ministro no lançamento do arcabouço fiscal.

    Segundo fontes da equipe econômica, o debate de alterar o objetivo de zerar o déficit em 2024 está interditado, apesar do reconhecimento de que é bastante desafiador.

    Especialistas em política fiscal são praticamente unânimes em afirmar que vai ser muito difícil.

    Nesta segunda-feira (25), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), alertou publicamente que insistir nas medidas da tributação dos super-ricos agora cria riscos para o avanço da reforma tributária no Senado.

    O mesmo alerta já havia sido feito nos bastidores pelos senadores.

    Lira mencionou que o ideal seria fazer a reforma administrativa para reduzir gastos e ajudar a fechar as contas.

    Aliados do presidente da Câmara, contudo, admitem, que não é possível fazer a reforma sem o governo. 

    *Publicado por Gabriel Bosa

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