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    Guerra pode levar petróleo a valores nunca vistos na história, diz pesquisador

    À CNN Rádio, Rodrigo Leão disse ser difícil fazer estimativa, mas considerou possível que o barril do petróleo ultrapasse a marca de 200 dólares

    Amanda GarciaCamila Olivoda CNN

    em São Paulo

    Embora considere “muito difícil fazer estimativa”, o pesquisador do Instituto de Estudo Estratégicos em Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Rodrigo Leão, avalia que o preço do petróleo pode “chegar a valores nunca antes vistos na história.”

    Em entrevista à CNN Rádio, ele explicou que enquanto a guerra na Ucrânia estiver em curso, haverá volatilidade de preço: “Se tiver avanço nas sanções de energia ou se a Rússia resolver bloquear a exportação, o preço pode ultrapassar 200 dólares, teremos preço alto.”

    “Se as tensões avançarem, podemos tranquilamente ultrapassar essa barreira, hoje não se sabe como a guerra vai se desenrolar”, completou.

    No caso do Brasil, o pesquisador acredita que as medidas discutidas, como taxação do ICMS e o fundo de estabilização, “são inócuas”. Em cenários de guerra, em que preços oscilam muito, exige-se outra postura para evitar repasses ao consumidor – e as medidas, para ele, não parecem ser suficientes.

    Como exemplo, Rodrigo Leão citou decisões políticas.

    “Tem países segurando preços, grandes produtores de derivados têm uma capacidade de eventualmente segurar ‘na marra’ enquanto a guerra durar, é custoso, mas são decisões políticas.”

    No que diz respeito ao gás natural, o especialista destaca a ampla dependência da Europa da exportação russa. Cerca de 40% do gás europeu advém da Rússia e não há produção global capaz de substituí-lo prontamente.

    “Mesmo os EUA não têm capacidade ociosa suficiente para suplantar o gás russo e não há outros países que abasteçam a Europa via gasoduto. Seria necessário construir, além de não haver outras energias capazes de suprir o gás.”