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    Guerra e câmbio preocupam o agronegócio para as safras de 2023, diz diretor da Abag

    À CNN Rádio, Eduardo Daher, avalia que há dificuldades logísticas e instabilidades que não trazem grande confiança após recorde da safra atual

    Amanda Garcia

     

    Embora as estimativas da safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas girem entre 261 e 272 milhões de toneladas – um recorde –, o diretor-executivo da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Eduardo Daher, não está otimista para o ano que vem.

    “Essa safra que se encerrou em junho foi bem-sucedida após a forte demanda causada pela Covid-19 e o recorde mostra empenho do agro em adotar tecnologia, com fertilizantes, defensivos, sementes corrigidas”, disse, em entrevista à CNN Rádio.

    Ele pondera, porém, que o cenário é outro para 2023: “Não tenho grande confiança da próxima porque ela sim tem dificuldades logísticas, preços de insumos elevados. Meu conselho é: antes
    de sair plantando as safras de verão ou inverno, que façam as contas, vai ser complicada a rentabilidade.”

    O diretor da Abag reforça que a guerra na Ucrânia trouxe problemas, assim como o câmbio.

    “A volatilidade do câmbio assusta e preocupa o agronegócio, foi muito divertido na época da covid plantar safra com dólar de 3,88 e colher a 5,80, não é preciso esforço para ver que se ganhou muito dinheiro, mas a situação agora é diferente, com dólar a 5,20 e sem ideia de como estará adiante.”

    O especialista aponta que não acredita em grande recorde nas safras do ano que vem, “porque vai diminuir o consumo de tecnologia nas lavouras por causa da guerra e do câmbio, devemos continuar rezando pelo clima, que pode nos favorecer”.

    Eduardo Daher lembra que “hoje, a soja traz mais recursos externos do que minério e petróleo, a vocação do agro é importante para o país”.

    *Com produção de Isabel Campos

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